O erro mais estúpido...
...cometido sob pressão?
Talvez o casamento...
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...cometido sob pressão?
Talvez o casamento...
"Júlia e Duarte sempre foram apaixonados um pelo outro mas, mesmo assim, sucederam-se vários acontecimentos que os acabaram sempre por separar. Cada um segue a sua vida. Duarte acaba por se casar com Inês, que sente a cada instante a insegurança que a sombra de Júlia directa ou indirectamente lhe provoca. Para que o seu casamento continue firme, e de forma a prender Duarte ao seu lado, decide seguir o conselho da sogra e engravidar. Segundo ela, o filho vai ajudar a salvar o seu casamento, e veio no momento certo!"
É apenas uma telenovela, é verdade, e estas são apenas personagens a representar o seu papel na história.
Mas, em pleno século XXI, ainda existem mulheres que pensam como esta, e que se servem dos filhos para tentar salvar uma relação que já está, à partida, condenada ao fracasso.
Um filho deve ser o fruto de uma relação de amor, e nunca a semente para germiná-lo!
Hoje em dia, ao contrário do Duarte, poucos são os homens que ficam ao lado de uma mulher apenas porque ela está à espera de um filho seu. Até porque a presença será meramente física. Um pai, para ser e estar presente na vida de um filho não precisa, necessariamente, de viver com a mãe. Poderá resultar, num primeiro momento, mas depois a relação acabará por se ir deteriorando, provocando um mau ambiente que acaba por ser prejudicial à criança. E é a criança quem mais sofre com esta atitude. Em primeiro, porque o seu nascimento não foi desejado nem planeado por ambos. Em segundo, porque funciona para a mãe como uma espécie de objecto, utilizado em proveito próprio, num acto de egoísmo. Em terceiro, porque a criança estará sujeita a presenciar eventuais discussões entre os progenitores e a viver num ambiente que não é, de todo, o mais propício ao seu bem-estar e desenvolvimento. Pode ainda acontecer que a mãe, ao ver os seus planos caírem por terra, se sinta frustrada quanto às suas expectativas, e comece a rejeitar o filho, com todas as consequências psicológicas que tal rejeição provocará na criança, a médio e longo prazo. Ninguém será feliz assim, por isso, valerá mesmo a pena cometer tamanho erro?...
...quer casa!
Este é mais um daqueles ditados populares que está ultrapassado.
Hoje em dia, quem casa quer dinheiro!
Diz o Conservador que o casamento não é mais do que um contrato. Eu diria que é, não só um contrato, mas também um negócio. E não falo de todas as entidades que lucram com ele, mas dos próprios noivos que tentam igualmente retirar do casamento a sua quota-parte de lucro, ou pelo menos não acabar com saldo negativo!
O dinheiro é sempre bem vindo e, talvez por isso mesmo, a grande maioria das prendas de casamento oferecidas aos noivos sejam monetárias.
Não tenho nada contra. Também a mim me soube bem recebê-las quando me casei.
Mas penso que tem que haver um mínimo de bom senso de ambas as partes e, em alguns casos, uma revisão de prioridades, no que respeita ao motivo pelo qual as pessoas convidam alguém para o seu casamento.
Por norma, são os pais dos noivos que costumam pagar a boda, enquanto os padrinhos e madrinhas tratam do resto. No entanto, outros casais haverá que não têm essa sorte.
Foi o meu caso. Por isso mesmo, só segui em frente com esse passo porque sabia que o dinheiro que tinha economizado até então era suficiente para pagar tudo à minha conta. Só não comprei o vestido, que me foi oferecido pela minha falecida madrinha. Não tive 100 ou 200 convidados. Tive pouco mais de 30, mas eram os mais importantes para partilhar aquele momento. O dinheiro que me deram, deu muito jeito. Estava grávida na altura e, para precaver o futuro, abri uma conta para a minha filha com ele. No entanto, ainda que não me tivessem dado nada, teria convidado exactamente as mesmas pessoas e feito tudo da mesma forma.
Também por norma, e por uma questão de lógica e financeira, sempre que somos convidados para o casamento de alguém, sentimo-nos na obrigação de lhes oferecer uma prenda que, como já atrás referi é, usualmente, monetária e corresponde, muitas vezes, ao valor da despesa que supostamente os noivos têm com a nossa presença. Claro que pode ser mais, pode ser menos, ou pode até nem ser, consoante as possibilidades das pessoas. Também é comum haver as "listas de prendas", que podem ser úteis para quem não sabe o que há-de oferecer.
Mas, até agora, nunca tinha tido conhecimento de casamentos em que os noivos pré-estabelecem um valor mínimo para a presença dos convidados!
Na minha opinião, isso é mesmo muito mau! E, sinceramente, só por isso, se eu estivesse no lugar deles, não ia. Afinal, convidam-me porque querem que esteja com eles nessa ocasião especial, ou porque precisam que lhes pague a despesa?
Antigamente, os noivos ficavam tristes quando os convidados não podiam ir, e insistiam, afirmando que não precisavam de dar prenda nenhuma porque não era isso o mais importante. Hoje em dia, quando se recusa um convite desses por motivos financeiros, corremos o risco de nos perguntarem "então mas não consegues mesmo arranjar XXX euros?".
Até podia conseguir mas, se fosse comigo, só pela atitude, nem o meu respeito levavam!
Longe vão os tempos em que a Carochinha, varrendo a sua cozinha, encontrava uma moeda que a tornava rica, e se punha à janela toda enfeitada, à espera do seu rato encantado!
A Carochinha da minha história encontra moedas de 1 ou 2 cêntimos na rua! Com alguma sorte, lá calha uma mais gordita, mas nem assim consegue amealhar o suficiente para garantir o seu futuro!
As únicas janelas onde se põe à conversa com o seu "João Ratão", são a do MSN e a do autocarro! E foge do casamento como de uma praga, em vez de correr para a igreja!
Será o desfecho desta história menos trágico que o original?
Aguardam-se as cenas dos próximos capítulos...
Acho que este ano já fui pedida em casamento pelo menos umas duas ou três vezes! E sempre pela mesma pessoa – o meu namorado, claro está! A minha resposta?
Bem…as primeiras vezes um não bem convicto! Da última lá me conseguiu arrancar um sim, muito puxadinho a ferros!
A verdade é que actualmente tenho uma visão bem diferente do casamento da que tinha há uns anos atrás.
Para mim, o casamento como todos nós o conhecemos, com direito a vestido de noiva, celebração religiosa, alianças, festa para a família, e um papel assinado, nos dias de hoje, simplesmente não faz sentido.
Se eu posso partilhar a minha vida com alguém, sem ter que passar por todos esses rituais, e ainda poupar dinheiro, que seria desperdiçado num único dia, para ficar bem na fotografia e levar para casa um DVD de recordação, para quê sujeitar-me a esse martírio?
Mas compreendo perfeitamente que o meu namorado tenha outra visão – para ele é a primeira vez, é normal que queira ter direito a tudo, como manda a tradição!
Eu já pensei exactamente como ele – com os meus 23 anos, achava que o casamento era uma coisa única na vida, e que iria durar para sempre. Achava tudo muito romântico e com um significado especial.
Mas a tradição já não é o que era, e como se costuma dizer, mudam-se os tempos, mudam-se as mentalidades, pelo menos a minha.
Para mim, e como disse o conservador no dia em que me casei, o casamento não é mais do que um contrato, um papel assinado que para muitos pode parecer uma garantia, mas que no fundo não nos garante nada - é puro engano.
Não é uma cerimónia bonita que nos traz felicidade, não é um papel que nos garante que vamos viver felizes para sempre. Aprendi isso, quando percebi que o meu casamento tinha acabado ao fim de quase 6 anos. E o trabalho que tive para me conseguir divorciar! Bem vistas as coisas, paguei bem para ter direito a dois papéis, quando poderia ter evitado tudo isso.
A união de duas pessoas que se amam e querem partilhar a sua vida juntas, construindo um projecto comum, é o mais importante e o mais valioso.
Quando duas pessoas tomam essa decisão, é como se decidissem passar de simples empregados, a administradores da empresa que vão agora criar, com todas as responsabilidades que isso acarreta!
E essa é a parte mais difícil – entregarmo-nos de corpo e alma para manter a nossa empresa a funcionar, por vezes com muitas dificuldades, com muitos sacrifícios, com muito esforço e dedicação, com amor e empenho, para que não vá à falência!
Se ambos trabalharem para o mesmo objectivo, acredito que tudo correrá pelo melhor, e a relação estará a cada dia mais consolidada e fortalecida. Mas quando uma das partes deixa de fazer o seu trabalho, ou quando os objectivos passam a ser diferentes, trabalhando cada um para o que mais lhe convém, não há relação que resista! É como estar dentro de um barco, cada um a remar para o lado oposto – o barco simplesmente não anda!
E infelizmente, é o que se vê mais hoje em dia. A ideia de casamento para a vida deu lugar ao casamento eterno, enquanto durar! Há até países que já apostam em uniões com termo certo! Fará sentido esta realidade?
Na minha opinião, não.
Embora o número de casamentos celebrados nos últimos anos tenha diminuído, contrastando com o número de divórcios que tem vindo a disparar, penso que nenhuma relação tem um prazo de validade pré-estipulado.
Qualquer relação pode durar uma vida inteira, como pode acabar quando não for mais possível continuar, sem que haja necessidade de prazos para renovação ou rescisão!
Além disso, sendo nós os “administradores” da nossa “empresa”, nunca haverá lugar a qualquer espécie de contrato. Quanto muito, decretamos falência, quando assim o entendermos.
Mas mais concretamente para aquelas pessoas que efectivamente se casaram, pelo registo civil, em que há um papel/ contrato assinado, não acredito que, nos tempos que correm, sendo cada vez mais fácil e rápido obter um divórcio, os casais continuem juntos se não o desejarem.
Como também não acredito que, casais que eventualmente continuem juntos por medo da separação, o deixem de ter pelo simples facto de terem esta opção de renovação ou não do casamento.
Por tudo isto, a não ser que fosse uma mera questão económica, de poupança de emolumentos do processo de divórcio, que podem ser dispendiosos se envolverem partilha de bens, ou nos casos de processos a correr em tribunal, não vejo qualquer utilidade para esta nova moda!