É verdade que, actualmente, houve uma vulgarização ou generalização, no sentido de muitas vezes não se diferenciar entre um estado de tristeza considerado normal perante determinadas situações, e um estado continuado de tristeza e apatia, anormal, associado a outros indicadores que, aí sim, podem evidenciar um quadro de depressão.
Mas é, igualmente, verdade que a doença existe e pode provocar danos, por vezes irreparáveis, se não for levada a sério e devidamente tratada.
Não escolhe idade, sexo ou condição social, e é um erro ignorá-la ou considerá-la uma “invenção” dos tempos modernos!
Uma pessoa com depressão perde completamente o interesse por tudo o que antes gostava de fazer, perde vontade de ser feliz, de lutar e, por vezes, de viver.
Sente-se sem forças, sem energia, extremamente cansada ao mais pequeno esforço que faça.
A sua auto-estima baixa drasticamente, enquanto a insegurança e a sensação de inutilidade disparam.
Sensações de medo, associados a um pessimismo exagerado e perda de qualquer esperança podem estar presentes.
Para além de todos os sintomas a nível psicológico, verificam-se também sintomas a nível físico, como dores musculares, abdominais, dores de cabeça, problemas digestivos e outros.
E, embora cause grande sofrimento à própria doente, é um sofrimento que se estende à família, que não sabe o que fazer ou como ajudar a ultrapassar esse estado depressivo. Por outro lado, pode prejudicar a pessoa em termos laborais, e comprometer as relações desta, com aquelas que a rodeiam.
O primeiro passo para o tratamento é assumir que sofre de depressão, e que precisa de ajuda. O segundo passo, é procurar essa ajuda!
O tratamento, que pode combinar intervenção psicoterapêutica e recurso a medicação apropriada é, por vezes, é um processo longo, caracterizado por substanciais melhorias, mas também por algumas recaídas, e deve envolver não só os profissionais competentes, mas também familiares, amigos e pessoas que lhe são mais próximas, às quais é requerido apoio, paciência e dedicação.
A depressão é uma doença, e tem cura! Com a colaboração de todos e, sobretudo, com enorme força de vontade da vítima, é possível ultrapassá-la!