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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

"Atirar areia" para os olhos do público

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Ninguém gosta de ser enganado.

Que o façam de parvo.

Que o tomem por idiota.

Que lhe atirem "areia para o olhos".

 

E o público, que sempre apoiou e esteve presente, ao longo da carreira de um determinado artista, não é excepção.

O público pode parecer iludido, "amestrado", incondicionalmente fiel e devoto mas, quando percebe que está a ser ludibriado, facilmente se volta contra aqueles que, antes, defendeu.

Não há nada como a verdade e, com ela, pode-se ganhar ainda uma maior admiração pelo artista.

Sem ela, o público que, ontem, era defensor pode, hoje, tornar-se o inimigo. O público que, ontem apoiava pode, hoje, criticar e condenar, se se sentir enganado.

 

 

E vem isto a propósito de quê?

Poder-se-ia aplicar a vários artistas mas, refiro-me, em específico, a Raquel Tavares que, há umas semanas, tinha dado uma entrevista emotiva e aparentemente, sincera, na qual anunciava o fim da sua carreira como fadista, porque estava cansada de ser uma figura pública, com tudo o que isso acarretava. Frisou que queria dedicar-se a outras áreas, de preferência, de forma anónima.

 

Ora, ela tem o direito de fazer o que bem quiser com a vida dela, sem ter que dar satisfações a ninguém. E dedicar-se ao que bem entender, que ninguém tem nada a ver com isso.

Mas, a partir do momento em que dá a entrevista que deu, com o ênfase que lhe atribuiu, com a tristeza e mágoa com que o fez, e com as declarações que prestou, as suas decisões tomam uma outra proporção.

Partiu-se do princípio que o fez com verdade.

Para, logo em seguida, ela própria contradizer as suas palavras, com as suas acções.

Uma pessoa que está saturada da exposição pública, e de ser figura pública, não deixa de ser fadista para ser atriz! Uma pessoa, que diz que já não gosta de cantar, não continua a fazê-lo.

 

É, por isso, normal que, agora, seja acusada de ter enganado o seu público, de a sua entrevista e decisão não passarem de uma farsa ou, talvez, de uma estratégia de marketing para o que aí vinha.

Não teria sido tão mais simples ser honesta, e afirmar apenas que queria fazer uma pausa na sua carreira como fadista, para se dedicar a outros projectos? Ninguém a iria criticar. Ninguém teria nada a apontar.

Mas fazer aquele "teatro" todo, mostra-se no papel de vítima do mediatismo, para depois continuar a ser mediática? Só fez com que ficasse totalmente descredibilizada.

 

Apenas me pergunto como irá ela lidar com este mediatismo resultante da TV, quando não o conseguiu "supostamente" fazer enquanto fadista? 

E volta e meia, lá vêm os burlões tentar enganar mais alguém!

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Há umas semanas, tinha acabado de almoçar, em casa da minha mãe, quando fui à minha casa levar umas coisas. Na volta, vi dois homens, de pastinha na mão, a bater à porta das vizinhas. 

Avisei a minha mãe, para que esta não abrisse a porta, se lá fosse alguém bater. Voltei à minha casa para levar uma encomenda.

Ainda por ali andavam e, um deles, ao ver-me dirigir a uma casa, aproveitou e veio logo falar comigo.

 

 

Com muita (demasiada) simpatia, lá disse o nome, perguntou-me como estava, e explicou que andavam ali a falar com os moradores, para saber se estavam a pagar uma taxa qualquer (não fixei) que se aplica ao gás natural e à electricidade.

Perguntou-me se eu pagava essa taxa, e disse-lhe que não fazia a mínima ideia.

Perguntou-me se eu tinha gás natural. Respondi-lhe que não.

"Ah pois, então assim só deve pagar na conta da electricidade."

Voltei a responder que não fazia ideia.

E foi aí que ele se saiu com a frase mágica "ah e tal, se tiver aí uma factura, podemos ver já isso"

"Pois, neste momento não posso ver isso, estou com pressa, só vim deixar aqui isto e tenho que voltar ao trabalho."

"Ah e tal, mas não demora mais do que 5 minutos!"

"É como lhe disse, agora não posso. Depois vejo isso e, se for o caso, logo se vê."

E lá se foi embora, agradecendo, e dirigindo-se à próxima porta.

 

 

Em primeiro lugar,  apenas disse o nome, e nem sequer referiu de que empresa era, ou sequer explicou o que era a tal taxa de que estava a falar.

Suponho que fosse da Iberdrola, ou da Endesa, que são as que costumam actuar por aqui embora, na maioria das vezes, omitam essa informação e apenas façam menção à EDP.

Em segundo lugar,  já se sabe o que eles pretendem fazer com a nossa factura na mão. E não é boa coisa! Normalmente, retiram os nossos dados e, quando menos esperamos, passamos a ter um qualquer contrato com outra empresa, sem sabermos.

 

 

À porta de uma vizinha, foram os dois. Enquanto ela mostrava a factura e ia respondendo às perguntas, o outro tomava notas. Quando se apercebeu disso, e como já tinha sido enganada uma vez, mandou-os embora. Não se sabe se a tempo de evital males maiores.

À minha mãe, também foram, mas ela nem sequer abriu, escaldada que está, e de sobreaviso.

 

 

A forma de actuar é quase sempre a mesma.

Pedem a factura, com a desculpa de que querem ajudar as pessoas a poupar, a pagar menos, com a oferta de descontos ou outra do género, e preenchem formulários de adesão com os dados da pessoa.

Por norma, costumam dizer que fica tudo igual, mas passam a pagar menos no final do mês. Não explicam que a pessoa deixa de ter contrato com determinada empresa, e passa a ter com outra.

No fim, pedem à pessoa para assinar o formulário para ter direito à ofertas/ promoções ou, por vezes, com a desculpa de que é só para os superiores saberem que a pessoa tomou conhecimento e que eles fizeram o seu trabalho.

 

 

Dias depois, a pessoa, através de carta ou outro contacto, fica a saber que o seu contrato mudou para outra empresa, quando nunca fora isso o pretendido. 

E são problemas e chatices a dobrar, a partir daí, para reparar os erros e voltar a repôr tudo como estava antes.

 

 

Por isso, nunca é demais relembrar (até mesmo para os mais novos e melhor informados):

- se vos baterem à porta e virem pessoas a pares, ou uma sozinha com uma pasta na mão, e desconfiarem, optem por não abrir a porta, sobretudo se estiverem sozinhos

- se por acaso abrirem, e estiverem acompanhados, peçam ajuda a alguém que esteja convosco, em caso de dúvidas; se estiverem sozinhos, apenas oiçam, fiquem com o contacto e digam que ligarão mais tarde

- nunca, mas mesmo nunca (a não ser que estejam bem informados e cientes do que querem), dêem qualquer factura para a mão dessas pessoas, ou forneçam informações vossas, que possam vir a ser usadas indevidamente

- nunca, mas mesmo nunca (a não ser que estejam bem informados e cientes do que querem), assinem qualquer documento que vos peçam para assinar

 

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Somos mais felizes quando vivemos de aparências?

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Vi no outro dia um vídeo muito engraçado sobre como, muitas vezes, as pessoas tiram fotografias para publicar nas redes sociais, que não correspondem à realidade da situação que querem mostrar aos outros, que estão a viver.

 

E eu pergunto-me: porquê?

Serão essas pessoas mais felizes por viverem de aparências? Por enganarem os outros? Por se enganarem a si mesmas?

Vale assim tanto a aprovação dos outros para se sentirem bem consigo mesmas?

Quantos sorrisos valem cada “like”, cada “reacção”, cada “seguidor”, cada “comentário” que, a longo prazo, não se convertam em tristeza, ou pena, por nada daquilo ser verdade? Por estarem a passar a imagem e um vida de mentiras?

 

 

E se, nas redes sociais, como o facebook e o instagram, essas situações são mais frequentes e recorrentes, também na blogosfera pode acontecer, de forma mais discreta e não tão flagrante.

 

Por vezes, também surgem bloggers que tentam passar a ideia de uma vida perfeita ou, mesmo não o sendo na totalidade, uma vida que muitos desejariam, por certo, ter.

Cada um sabe de si, e do que quer ser ou fingir ser, tal como quem está do outro lado só acredita se, e no que quer.

Mas, para mim, não faz qualquer sentido.

 

 

Poderia ter surgido aqui como a mulher que tem a relação perfeita com o marido, uma filha com uma educação exemplar, duas gatas que são umas santas!

Com um trabalho que me realiza e um excelente ordenado que me permite uma vida folgada, cheia de viagens pelo mundo, escapadinhas de fim de semana e afins!

Como uma mulher prática, amiga do ambiente, minimalista, decidida, prendada em várias áreas, e tantas outras qualidades.

Como uma mulher extremamente organizada, a quem as 24 horas do dia chegam perfeitamente para tudo o que é preciso, e ainda sobra tempo.

Como a mulher culta, que lê os melhores livros, frequentadora assídua de espetáculos, teatro e outros eventos culturais.

Poderia ter criado a imagem que quisesse de mim, que me favorecesse em todos os sentidos, e servisse de modelo ou exemplo para quem me lê.

Mas essa… não seria eu!

 

 

Porque escolhi ser eu mesma?

Porque quero dar-me a conhecer como sou, na realidade, com as minhas qualidades, mas também com os muitos defeitos.

Porque quero mostrar que a vida não é perfeita, porque existem muitas coisas que a impedem de ser, muitas dificuldades, obstáculos, problemas, tristezas. Mas não tem que ser perfeita, para me proporcionar momentos de felicidade e alegria.

Posso não ser a pessoa que desejava ser, ou ter a vida que queria ter, mas aquilo que tenho e dou a conhecer, é aquilo que faz de mim o que sou.

E, num mundo que insiste em viver de aparências, sermos nós mesmos é um bem valioso, o nosso maior tesouro!

 

 

 

Quando somos "obrigados" a mudar a password mas ...

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... sempre que iniciamos novamente a sessão, digitamos a password antiga!

E só percebemos que nos enganámos, quando dá erro, e surge a mensagem de que a password foi alterada há vários dias.

Aí, faz-se luz e lembramo-nos de que o sistema tem razão.

Mas é mais que certo que, da próxima vez, e da próxima, e muitas mais vezes, haveremos de repetir o mesmo erro!

Depois d' "A Rede"...

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... acho que vamos andar todos desconfiados sobre aquelas pessoas que temos adicionadas no facebook, e que não conhecemos pessoalmente!

Não se vá dar o caso de ser um perfil falso, uma personagem inventada, uma pessoa fictícia.

 

 

A verdade é que, quando nos inscrevemos e utilizamos este tipo de redes sociais, sabemos os riscos e perigos que corremos, sabemos que nem tudo o que por lá se vê é verdade, que cada um diz e coloca lá o que mais lhe convém, e que há muito boa gente que faz, de enganar e manipular os outros, o seu modo de vida, sobretudo se conseguir lucrar alguma coisa com isso.

E se não sabemos, é porque somos mesmo muito ingénuos, ao ponto de acreditar em tudo o que vemos, sem desconfiar, sem duvidar.

 

 

Claro que, apesar de tudo isso, não estamos livres de sermos apanhados no meio de uma rede como esta, de que fala a reportagem de Conceição Lino.

A forma como é engendrada, de forma a que tudo pareça real e credível, torna mais difícil desconfiar de que algo não bate certo, até porque, por um lado, temos tendência a acreditar que ninguém tem necessidade de estar a enganar os outros e, por outro, temos tendência a solidarizar com as desgraças alheias e a criar empatia por quem por elas passa.

 

 

Hoje será transmitida a terceira e última parte desta reportagem, que nos mostra como Sofia conseguiu arrastar para a sua "rede", Nuno, Maria, Ana, Margarida e até Irene, mãe de Nuno.

E talvez aí se consiga perceber qual o principal objectivo de toda esta história inventada, o porquê de envolver estas pessoas, ou a necessidade de o fazer.

Para além de ter feito Nuno apaixonar-se pela imagem e personagem por si criada, ainda conseguiu arrastar outras pessoas desconhecidas, que com ela criaram laços por conta do seu drama, e que passaram a fazer parte da sua falsa vida.

 

 

Porquê? 

Por prazer em brincar com os sentimentos, emoções e vida das pessoas?

Para se sentir mais poderosa, capaz de controlar estas pessoas, e fazê-las jogar o seu jogo sem o saberem, como marionetas nas suas mãos?

O que ganhou esta mulher com toda esta trama inventada?

 

 

E sim, é perfeitamente normal que as pessoas envolvidas estejam revoltadas, e se sintam usadas, manipuladas, enganadas. Que se sintam frustradas consigo mesmas por terem estado tão cegas durante todo aquele tempo, por não terem desconfiado de nada, por terem engolido toda a história de boa fé, sem se questionarem.

 

 

No entanto, embora condenando a atitude desta mulher, não posso deixar de constatar que, apesar de tudo, ela acabou por, de certa forma, dar um sentido à vida destas pessoas que com ela se envolveram.

No caso de Nuno, apesar de todo o desgaste, abuso e chantagem emocional, durante aquele tempo, ele teve um objectivo na sua vida. Se precisava? Se calhar, sim. 

Não criticando a sua atitude, que qualquer um de nós poderia ter, a verdade é que sendo ele um homem bem resolvido, de bem com a vida, com o seu trabalho, amigos e família estruturada, que necessidade tinha de se envolver com alguém, desta forma, sem nem sequer a conhecer pessoalmente? 

A necessidade de se apaixonar. Faltava essa parte na sua vida, e foi por aí que a suposta Sofia atacou.

 

 

Quanto às restantes, todas afirmam que, a determinado momento, foi essa Sofia que lhes deu força e apoiou em situações mais delicadas que elas próprias passaram. Que acabaram por desabafar os seus problemas com ela, e de receber uma força do outro lado que não esperavam.

Ou seja, estas pessoas precisavam de alguém que as ouvisse, com quem pudessem conversar, sem julgamentos. E Sofia aproveitou-se dessa necessidade.

Por outro lado, o facto de apoiarem uma pessoa tão jovem, que sofria de cancro mas que, apesar de tudo, parecia sempre de bem com a vida e bem disposta, também lhes deu um sentido à vida, um propósito. Sentiam-se úteis, por ajudarem alguém. Mais uma vez, Sofia encarregou-se disso.

 

 

E por aqui se pode perceber que, quem planeia engendrar uma teia ou rede como esta, vai procurar pessoas que, à partida, sabe que precisam de alguma coisa, que estão mais susceptíveis, que fazem destas redes o seu escape do dia-a-dia, que procuram fazer amizades e travar novos conhecimentos nas redes sociais, que têm aquilo de que precisa para que mordam o isco.

São estratagemas planeados, bem estudados para que tudo bata certo, construídos ao pormenor, com tempo, e orquestrados por uma mente perversa ou, simplesmente, doente. 

Fazer várias vozes diferentes, e personagens diferentes, fingir uma doença, fingir lágrimas e desespero, inventar mortes de familiares, e acidentes, não é para todos.

Mas, que há pessoas capazes disso, e muito mais, lá isso há. E podem estar mais perto de nós do que pensamos, até mesmo no nosso grupo de "amigos" do facebook!

 

 

E por aí, têm acompanhado a reportagem?

Qual é a vossa opinião?

Já começaram a fazer uma limpeza nas vossas redes sociais, ou estão seguros das pessoas com quem falam?

 

 

Imagem: https://mag.sapo.pt/