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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Quem fui...

 

...e quem sou.

 

Do meu pai herdei uma certa calma e condescendência para lidar com algumas pessoas e situações. Já da minha mãe, e por contraditório que possa parecer, herdei a qualidade de não ficar calada e não deixar que me façam de parva. Não sou capaz de fingir, e nem sempre sou capaz de perdoar.

A Marta de há muitos anos atrás não é muito diferente da que é hoje, salvo pela maturidade adquirida ao longo da vida. 

Continuo a ser uma pessoa extrememente tímida, que prefere manter-se na sua "zona de conforto", sozinha ou com quem pertence à sua vida. Nunca fui muito boa a conversar com quem pouco ou nada conheço, preferindo ficar afastada, fechada na minha concha. Algumas pessoas, não me conhecendo, confundem essa minha faceta com antipatia, arrogância ou mania da superioridade. Foi assim, inclusivé, que durante muitos anos fui classificada na zona onde moro. O que a mim pouco me importa. Sou como sou e quem quiser aceita, quem não quiser, paciência. Os que os outros pensam de mim não me afecta. Pelo menos aqueles que não me dizem nada. Até porque não fui posta neste mundo para agradar aos vizinhos.

No entanto, apesar de esse aspecto da minha personalidade não ter mudado, trabalhar todos estes anos a atender ao público, e a lidar constantemente com outros funcionários públicos, fez aparecer uma outra parte da Marta. A Marta que é simpática e educada, que brinca, que conhece muito mais pessoas e a todas fala bem. 

Quando vejo agora as adolescentes, e a forma por vezes ridícula como se comportam, penso logo: "meu deus, será que eu naquela idade também era assim?". Claro que era! Ou talvez pior. Durante uns tempos tive até fama de "provocadora", porque gostava muito de andar de calções ou mini-saias! Éramos três amigas nessa altura. Nunca nos metemos em problemas nem tivemos comportamentos menos próprios para a nossa idade, afinal, os tempos eram outros (embora houvesse raparigas que o fizessem), simplesmente comportávamo-nos como três tontinhas. Mas divertíamo-nos muito. Foram bons tempos!

Hoje, tudo isso me é estranho. Tenho mais 15 anos. Sou uma mulher, sou mãe, sou adulta. Tenho outras responsabilidades e outra maturidade.

Mas, no fundo, continuo a ser eu...a mesma de sempre!

 

 

 

Fazer a diferença


"Numa manhã de verão, andava um menino na praia a devolver ao mar as estrelas do mar, que as ondas insistiam em trazer de volta para a areia. E assim, com paciência, passou algum tempo até que um turista, que o tinha estado a observar, lhe perguntou porque fazia aquilo. É que a praia era tão grande que ele jamais conseguiria levar adiante, e com sucesso, a sua tarefa. Por isso, não faria diferença devolver meia dúzia delas. Mas o menino respondeu-lhe: talvez em relação à praia toda não faça, mas para aquelas que eu conseguir devolver fará uma grande diferença!"


Embora as pessoas estejam mais informadas e sensibilizadas para determinadas problemáticas, e demonstrem uma maior vontade de agir, fruto de uma evolução da sociedade em diferentes níveis, a verdade é que existem igualmente muitos cidadãos que preferem não agir, não interferir, ignorar, fechar os olhos e viver a sua vida preocupando-se apenas com o que, de forma directa, lhe diz respeito e afecta.

Vivemos numa sociedade muito centrada no "eu". Daí que, muitas vezes, aquelas pessoas que não compartilham desse princípio, fiquem com a sensação que sozinhos, pouco ou nada podem fazer face a uma determinada realidade.

Ainda assim, sendo a sua intenção tão nobre e tão valiosa, não devem deixar que, o facto de não haver mais pessoas a agir, as impeça de fazerem a sua parte.

Mesmo que não seja suficiente, pelo menos tentaram. Não perderam a esperança e lutaram por aquilo que acreditam e acham correcto.

Sozinhos, podemos não fazer muito, mas esse pouco pode fazer a diferença. E quem sabe se outras pessoas, ao nos verem tomar a iniciativa, não nos seguem o exemplo? Alguém tem que ser o primeiro! Se tivermos ajuda, melhor. Se não, pelo menos agimos de acordo com os nossos princípios e valores.

Por outro lado, somente quando "penetramos" e nos envolvemos nas realidades que nos rodeiam, podemos formar juízos de valor e emitir opiniões mais justas. Quem opta por ficar do lado de fora, nunca poderá falar com justiça e veracidade daquilo que não conhece.

Tão querida...

Entre a Tica e eu há uma relação de reciprocidade: eu dou a mão ou o braço, ela dá as unhas e os dentes!

 

É também uma relação assente na solidariedade: "a minha dona teve uma má nota por causa da net, então agora retraço a factura que lhe mandaram"! E acreditem que a factura da Zon ficou em pior estado que a minha mão :)

 

Por outro lado, e como estamos em crise, a Tica aderiu à prática de bem poupar e quer levar o dono a seguir-lhe o exemplo. Por isso, depois de o dono ter feito a lista de compras para o próximo mês, a Tica apressou-se a rasgar uma parte dela! Tudo para que o dono não gaste muito no supermercado!

Eu e os bichos...os bichos e eu!

Quem quiser assistir a uma cena de terror, suspense, acção e comédia, não precisa de ir ao cinema! Basta estar ao pé de mim, no momento em que eu descobrir um bichinho indesejado no meu território!

Eu até nem gosto de fazer mal aos pobres coitados, mas eles insistem em me visitar sem serem convidados, e habitar na minha casa sem pagar renda!

Tendo em conta os inúmeros crimes que já cometi, pode-se considerar que sou uma serial killer extramamente perigosa!

E não digo isto só em relação às vítimas, mas também para quem esteja por perto, que se assusta mais com a minha histeria do que com o resto!

Ora vejamos:

- uma vez, por causa de uma aranha que estava no meu quarto, mandei um grito tão grande que, quem lá estava em casa, pensava que me tinha acontecido alguma coisa!

- em outra ocasião (outra vez uma aranha como protagonista), quando uma aranha que se julgava já desaparecida voltou a surgir no espelho retrovisor do carro, do lado do pendura (ou seja, o meu), dei um tal salto e um grito que quase provocava um acidente!

- tive também uma cena hilariante com uma osga, que se enroscou no corredor, por baixo da cadeira auto da minha filha – depois do pânico inicial, resolvi-me a dar-lhe umas quantas “cadeiradas”, até que lhe separei o rabo do resto do corpo! Mas como sou amiguinha, depois de morta, ainda a coloquei à sombra de uma planta!

- aqui no trabalho, também já entrei em acção – a uma distância considerável de um grilo que estava numa das salas, e do qual não me consegui aproximar, tal como a advogada que cá estava comigo!

- houve também uma ocasião em que um bichinho parecido com uma carocha me visitou de noite – dei-lhe pantufadas até o matar. E de manhã, ainda me certifiquei que não tinha fugido!

- e ontem mutilei uma centopeia – estava alojada na parede do quarto e eu vi-me obrigada a fazer uso do mata moscas para a eliminar!

É caso para dizer: se a melhor arma da Rapunzel é a frigideira, a minha é o mata moscas”!