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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Ser mãe

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Ser mãe significou uma grande mudança na minha vida, e tornou-me, em alguns aspectos, numa pessoa diferente daquela que, até então, era:

 

  • mais maturidade
  • mais responsabilidade
  • mais altruísmo
  • mais sensibilidade

 

Deixei de me centrar tanto em mim própria, e mais na minha filha, e do quanto depende de mim. No seu bem estar, na sua segurança.

Ser mãe vai-me fazendo crescer, à medida que também ela cresce...   

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Isto de ser independente...

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...tem muito que se lhe diga!

 

Numa conversa com a minha filha:

Ela: Quando fizer 18 anos já sou independente.

Eu: Ai sim? Porque é que dizes isso?

Ela: Então, com 18 anos já não mandas em mim. Já posso fazer o que quiser. E vou tirar a carta de condução.

Eu: Enquanto morares comigo, tens que respeitar as minhas regras e deves-me satisfações. Quanto à carta, acho bem. E com que dinheiro o vais fazer?

Ela:Com o dinheiro que tenho no mealheiro.

Eu: Mas vais precisar de muito mais!

Ela: Então, ainda tenho 7 anos para juntar.

Eu: E vais morar com quem?

Ela: Contigo.

Eu: E vais trabalhar?

Ela: Não mãe. Primeiro tenho que ir para a universidade, para me formar e poder arranjar um trabalho.

Eu: E quem é que vai pagar as tuas contas enquanto estudas?

Ela: Tens que ser tu.

Eu: Ah. Deixa-me lá ver então se percebi. Com 18 anos já és independente, mas vais continuar a morar com a mãe e a depender financeiramente da mãe? Então não és independente! Quando tiveres o teu emprego, a tua própria casa e a tua vida organizada, aí sim, podes dizer que és independente!

 

Os jovens têm sempre imensa pressa de chegar aos 18 anos, atingir a maioridade e tornarem-se independentes. Na teoria, assim seria. Na prática, a história é diferente. E é um desejo que só se aplica e é válido para o que mais convém.

Aos 18 anos, os pais já não podem mandar neles! Já podem fazer o que quiserem sem dar satisfações a ninguém! Já tomam as suas decisões e não gostam que os pais se intrometam onde, consideram eles, não são chamados!

Mas se lhes perguntarmos se vivem sozinhos ou com os pais, parece-me que grande parte pertencerá à segunda opção. Se lhes perguntarmos onde vão buscar o dinheiro para os seus gastos do dia a dia e extravagâncias, para os estudos, ou até mesmo para o pagamento de uma renda, provavelmente responderão que são os pais que lhes dão.

Se há algum problema no qual se meteram e do qual não conseguem sair, é aos pais que muitas vezes recorrem.

Antigamente, os jovens tornavam-se adultos mais rapidamente, saindo debaixo das asas dos pais por volta dos 18 anos. Por vezes, antes.

Hoje em dia, temos homens e mulheres entre os 20 e os 40 anos, que estão totalmente dependentes dos progenitores. Muitos, nunca trabalharam.

Então, que espécie de independência é esta que tanto e tão cedo anseiam, e que só tão mais tarde conseguem ou se predispõem a alcançar?

Independência não é apenas ser livre para decidir a vida que quer levar sem que ninguém se intrometa, mas também agir com a maturidade e responsabilidade que ela exige.

 

 

 

Namorados...mas pouco!

 

Desta edição da Casa dos Segredos 4, pouco vi. Aquilo que sei, apanhei das revistas e de uma ou outra ocasião em que alguém lá em casa mudava para o canal. 

Mas gosto das finais, e à falta de melhor oferta para uma noite de passagem de ano caseira, assisti à final com a curiosidade de ver se as estatísticas se confirmariam e sairia vencedora uma mulher. Não saiu. Nem a Joana (que era a preferida da Teresa Guilherme), nem a Érica (de quem tanto mal diziam mas nunca expulsaram), nem a favorita do público, a Sofia (que afinal não era assim tão favorita).

Também o Diogo não viu concretizados os desejos dos colegas, ficando com um honroso 3º lugar. Ele pareceu satisfeito. E, afinal, como ele próprio disse, entrou sozinho e saiu com uma namorada, por isso não podia estar mais feliz!

Não sei como foi esse namoro dentro da casa mas, na final, daquilo que vi, não me pareceram nada um casal de namorados. Vi um Diogo muito atencioso, e até carinhoso, com as suas colegas quando sairam, acompanhado-as à porta, mas pouco afectuoso com a própria namorada. É que nem amigos pareciam. Mas, enfim, pensei que não quisessem estar com grandes demonstrações de amor em plena final.

Da Maria Joana não posso dizer nada porque nunca vi nada sobre ela, a não ser que formava um suposto triângulo amoroso com o Diogo e a Sofia mas que, ao ser expulsa da Casa, tinha deixado o caminho livre para os dois últimos.

Já a Sofia, acho-a um pouco sonsa e irritante. Entrou na casa com o pai da sua filha, com quem se voltou a envolver, depois de várias discussões e cenas de ciúmes, e com quem se voltou a desentender, para logo em seguida se "apaixonar" e envolver com o Diogo.

Claro que, fechados dentro de uma casa, vivem as coisas de maneira diferente e mais intensa do que cá fora. Estão mais carentes e os sentimentos podem-se confundir ou ser mal interpretados. Quando chegam cá fora, a realidade é diferente. Por isso, não me espanta que, muitas das relações que começam lá dentro, acabem cá fora. E não me espanta que a suposta relação da Sofia e do Diogo tenha terminado em tempo recorde.

O que me deixou parva, foi o motivo apontado pelo Diogo para o fim do relacionamento. A sua incoerência, a sua atitude contraditória, uma certa falta de maturidade na forma como resolveu a questão e a expôs ao público. Foi isso que fez com que o público, e até os seus apoiantes, o crucificassem. Não se pode atribuir a culpa à Maria Joana - ela é livre e está disponível. Nem se pode atribuir a culpa à Sofia, que afinal até tinha razão para ser ciumenta.

Já em relação ao Diogo, o que se pode dizer de alguém que, num dia, afirma que o melhor que lhe aconteceu foi ter começado a namorar com a Sofia, e no outro, se lembra que preza muito a sua liberdade e não quer estar em nenhuma relação? O que se pode dizer de alguém que, supostamente, afirma que precisa que a namorada lhe dê espaço, e logo a seguir vai dividi-lo com a amiga? Que afirma que dormiu em casa da amiga unindo o útil (mais perto da TVI) ao agravável (matar saudades) e que não informou a namorada porque sabia que ela ia fazer filmes?! O que se pode dizer de alguém que não teve coragem para ter uma conversa franca, e esclarecer tudo antes que se fizesse todo este teatro à volta da questão?

É caso para dizer - Namorados...mas pouco, muito pouco mesmo! 

 

 

Quem fui...

 

...e quem sou.

 

Do meu pai herdei uma certa calma e condescendência para lidar com algumas pessoas e situações. Já da minha mãe, e por contraditório que possa parecer, herdei a qualidade de não ficar calada e não deixar que me façam de parva. Não sou capaz de fingir, e nem sempre sou capaz de perdoar.

A Marta de há muitos anos atrás não é muito diferente da que é hoje, salvo pela maturidade adquirida ao longo da vida. 

Continuo a ser uma pessoa extrememente tímida, que prefere manter-se na sua "zona de conforto", sozinha ou com quem pertence à sua vida. Nunca fui muito boa a conversar com quem pouco ou nada conheço, preferindo ficar afastada, fechada na minha concha. Algumas pessoas, não me conhecendo, confundem essa minha faceta com antipatia, arrogância ou mania da superioridade. Foi assim, inclusivé, que durante muitos anos fui classificada na zona onde moro. O que a mim pouco me importa. Sou como sou e quem quiser aceita, quem não quiser, paciência. Os que os outros pensam de mim não me afecta. Pelo menos aqueles que não me dizem nada. Até porque não fui posta neste mundo para agradar aos vizinhos.

No entanto, apesar de esse aspecto da minha personalidade não ter mudado, trabalhar todos estes anos a atender ao público, e a lidar constantemente com outros funcionários públicos, fez aparecer uma outra parte da Marta. A Marta que é simpática e educada, que brinca, que conhece muito mais pessoas e a todas fala bem. 

Quando vejo agora as adolescentes, e a forma por vezes ridícula como se comportam, penso logo: "meu deus, será que eu naquela idade também era assim?". Claro que era! Ou talvez pior. Durante uns tempos tive até fama de "provocadora", porque gostava muito de andar de calções ou mini-saias! Éramos três amigas nessa altura. Nunca nos metemos em problemas nem tivemos comportamentos menos próprios para a nossa idade, afinal, os tempos eram outros (embora houvesse raparigas que o fizessem), simplesmente comportávamo-nos como três tontinhas. Mas divertíamo-nos muito. Foram bons tempos!

Hoje, tudo isso me é estranho. Tenho mais 15 anos. Sou uma mulher, sou mãe, sou adulta. Tenho outras responsabilidades e outra maturidade.

Mas, no fundo, continuo a ser eu...a mesma de sempre!