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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Constatações

O problema está sempre lá, mas apenas uma vez por ano me lembro da gravidade dele, e da impotência que sinto por não haver soluções.

Ontem foi dia de consulta de oftalmologia da minha filha. Costumamos ir todos os anos, antes do início das aulas. E todos os anos, sou confrontada com a mesma realidade.

No olho direito, a médica põe uma lente fraquinha. O que ela vê? Tudo preto. A médica põe uma lente mais forte. Tudo preto. A médica experimenta uma terceira, com muitas dioptrias. Tudo preto. Resultado: está comprovado que nesse olho não há nada a fazer.

Resta cuidar do que está bom e vê praticamente a 100%.

Após consultar vários especialistas, todos dizem o mesmo. Nem mesmo a operação lhe vai conseguir devolver uma visão de qualidade, quanto muito poderá ser útil em termos estéticos, endireitando o olho.

Mas enfim, provavelmente há coisas muito piores, e o que vale é que até à próxima consulta, já com óculos novos e na nossa rotina diária, praticamente nos esquecemos disso.

Regras do amor...

"Para aprender a andar a cavalo, há que ter em conta três regras básicas - não ter medo, fechar os olhos, e aguentar!"

 

 

Esta frase fez-me pensar: não será o amor como andar a cavalo?

Se pensarmos bem, as três regras aplicam-se - não podemos ter medo de amar, não conseguimos ver o que esse amor nos reserva no futuro, mas ainda assim, se quisermos vivê-lo, temos que seguir adiante, confiar na pessoa que está ao nosso lado, e com ela ultrapassar todos os obstáculos!

Claro que, para quem vai aprender a andar a cavalo pela primeira vez, acaba por ser mais fácil. É novidade, há todo aquele entusiasmo, aquela vontade de experimentar e ver como nos saímos. Por vezes, nem sequer pomos a hipótese de o cavalo nos atirar para o chão e de nos magoarmos.

Ou, se a consideramos, não é suficientemente forte para nos impedir de experimentar!

O pior é quando alguém já o fez, e deu-se mal. Quando essa pessoa, que queria muito aprender a montar, o fez sem reservas, sem medos, deixou-se levar e, quando abriu os olhos, estava caída.

Como é que essa pessoa reagirá perante uma nova tentativa? Perante um cavalo diferente do anterior?

Acho que é essa a situação em que me encontro: tenho a oportunidade de tentar novamente. Sei que este cavalo é muito diferente do anterior e certamente, mais depressa ele se magoa para me proteger do que me deixa cair, mas tenho medo...

Quero muito fechar novamente os olhos, e encarar tudo como se fosse a primeira vez. Deixar-me levar. Chegar ao fim como dois companheiros inseparáveis e cúmplices.

Será que vou conseguir?...