A subida
"Parar é morrer", dizem.
Mas, por vezes, para não morrer, é preciso parar.
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
"Parar é morrer", dizem.
Mas, por vezes, para não morrer, é preciso parar.
Escrever é colocar, por palavras, aquilo que nos vai na alma.
Aquilo que pensamos, aquilo que queremos dizer, perguntar, informar, sugerir.
Escrever é algo que nos deve dar uma sensação de liberdade, de prazer.
Quando isso deixa de acontecer, então, é melhor parar.
Quando deixamos de ter ideias, quando começamos a acusar a pressão, quando percebemos que estamos a escrever por "obrigação", então é o momento certo para fazer uma pausa.
Porque, dessa forma, em vez de nos sentirmos bem, vamos apenas estar a cumprir com algo que já não nos cativa, e para o qual já pouco temos a contribuir.
Por vezes, não nos apercebemos logo disso. Mas há sinais que nos vão alertando.
Como, por exemplo, quando começamos a pensar que não temos tempo, e é melhor desistir, mas depois até acabamos por arranjar algo à última hora, e continuamos, até voltar a acontecer o mesmo, e voltarmos a desenrascar qualquer coisa, que nos faz ir adiando o inevitável.
Por vezes, não é preciso deixar de escrever, ou fazê-lo de forma definitiva. Mas algo tem que mudar, para que aquele desejo e inspiração volte, e nos faça sentir a escrita como uma forma de liberdade, e não uma prisão, da qual queremos sair, sem saber bem como.
Por vezes, é preciso retroceder, para poder avançar.
Afastar, para ver melhor.
Parar, para poder seguir em frente...
Sempre aprendi que a estrada é para os carros, e o passeio para os peões.
No entanto, isso é algo que parecia já ter caído em desuso, uma vez que, a caminho da escola (e não só) o que mais apanhávamos pelo caminho era carros estacionados no passeio, enquanto os pais deixavam os filhos na escola ou na creche.
Não foram raras as vezes em que nos tivemos que desviar desses carros, e ir para a estrada, ora porque estavam a ocupar o passeio todo, ora porque estavam de portas abertas, a tirar carrinhos ou a arrumar cadeirinhas ou, simplesmente, à espera que os filhos saíssem do carro.
Agora, finalmente, tomaram uma atitude e acabaram com esta situação!
Para evitar esse abuso, colocaram pinos metálicos ao longo do passeio. Que maravilha! Já faziam falta.
Obrigada a quem teve essa brilhante ideia. Mais vale tarde que nunca.
E, agora que já tomaram a iniciativa naquele passeio, podem-no fazer nos restantes.