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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Maior sinceridade é impossível!

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Como o nosso computador avariou, e não sabemos quando ou se, tem arranjo, fomos ontem ver computadores novos. O meu marido precisava mesmo dele para terminar os trabalhos que tem pendentes, e que tem de entregar na próxima semana.

Eu tinha visto um no site, por um bom preço, mas nem liguei ao tamanho, achando que era semelhante ao que temos. Quando lá chegámos, era uma "miniatura"! A minha filha até comentou que lhe fazia lembrar o Magalhães!

Com algumas (muitas) dúvidas sobre qual a melhor opção relativamente a qualidade/ preço/ necessidades, a funcionária ajudou-nos de forma exemplar, e totalmente sincera. Aqui vão algumas verdades sobre os aparelhos informáticos, neste caso, os computadores, nos dias que correm:

 

- o material utilizado nos computadores é cada mais mais frágil, e qualquer movimento mais brusco, ou toque, pode danificar, muitas vezes sem nos apercebermos ou sabermos como;

 

- um computador durar dois anos é um caso raro, porque estão a durar uma média de ano e meio, até dar problemas ou avariar de vez;

 

- uma vez aberto e mexido, um computador nunca fica igual, e as probabilidades de voltar a dar problemas são maiores;

 

- mesmo estando na garantia, quase nada será considerado avaria, até mesmo o simples pó/cotão, que as próprias turbinas do computador puxam, é considerado mau uso;

 

- mandando arranjar um computador, mesmo essa pessoa/ casa dando garantia da peça nova colocada, se voltar a dar problemas e for essa a causa, nunca vai assumir que foi essa peça que avariou, vai dizer que foi outra coisa;

 

- ainda que um computador possa, eventualmente, ter arranjo, é provável que digam que já não há peças, ou não há nada a fazer, para levar o cliente a comprar um novo computador;

 

 

Relativamente ao atendimento, propriamente dito:

- levar um artigo de expositor (no nosso caso era o único que havia) é sempre um risco, apesar de nunca ter sido ligado, toda a gente lhe toca, e se levar e depois acontecer alguma coisa, vai pensar que foi por ser o de exposição, mas não quer dizer que um computador em exposição não dure muito tempo, e que outro qualquer não lhe dê problemas;

 

- "nem todos os computadores que temos estão em exposição, temos alguns em armazém,posso ir buscar para verem" - e trouxe-nos um ainda mais barato;

 

- quando renitentes em levar este pequeno, ou optar por um maior, e mais caro, a funcionária informou-nos que a única diferença era mesmo o tamanho e o preço, porque em termos de características, estas eram exactamente iguais, e não se justificava pagar mais para ter o mesmo;

 

- para evitar situações como a que nos encontramos agora, de ter um computador avariado e ter que andar a comprar outro, ao fim de dois anos, recomenda-nos optar pela protecção total, durante 3 anos em que, em caso de acidente (avarias/ queda, derrame de líquidos) nos devolvem o dinheiro para comprar outro;

 

- quando ciente da nossa necessidade de ter o Office, foi de propósito buscar um pack mais barato que o que tínhamos estado a ver, com Office e Anti-Vírus durante 1 ano; 

 

Querem mais sinceridade que a demonstrada por esta funcionária, mesmo com o patrão ali ao pé de nós? Já para não falar que estiveram bastante tempo a atender-nos, inclusive depois da hora de fechar a loja.

A genuinidade das crianças

 

 

 

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Achei este diálogo entre dois amigos tão genuíno, tão inocente e sincero, que não pude deixar de partilhar!

 

"O menino: Ainda tens aquele problema que tinhas?

A menina: Sim.

O menino: Mas está melhor, certo?

A menina: Penso que sim. Obrigada pela preocupação!

O menino: De nada. É para isso que servem os amigos. Acho que um dia vais ficar totalmente boa,

                    vais ver. Vai demorar mas vais conseguir. A sério.

A menina: Pois...

O menino: A sério! Vais ver.

A menina: És tão querido e fantástico! És lindo, engraçado, carinhoso e sonhador!

O menino: E tu és simpática, carinhosa, amiga, inteligente!

A menina: Achas que sou feia por causa do problema que tenho?

O menino: Não interessa o que és por fora. O que interessa é o que tens aí dentro! A sério!

A menina: Está bem. Vou fazer de conta que acredito.

O menino: A sério.

A menina: Ai, lá estás tu, e o "a sério"!"

 

Tsunami

 

Há dias em que me sinto fervilhar por dentro.

Em que me sinto invadir, subitamente, por uma torrente de palavras que não encontra espaço para se acomodar cá dentro e teima em querer sair. Mas quando estou prestes a permitir que isso aconteça, perco a vontade de o fazer.

E, qual onda de água que fica parada, precisamente, quando se preparava para engolir tudo, mando as palavras para trás, e permaneço calada.

Tal como um tsunami causa estragos, também palavras (ainda que sinceras) proferidas de rompante, no momento errado, podem provocar o mesmo efeito. Embora não seja igualmente saudável bloquear a saída, correndo o risco de o cano rebentar por outro lado!

Mas, não bloqueando, há sempre aquela questão da sinceridade e frontalidade, e de se averiguar se me servirá de alguma coisa despejá-las, ou se apenas provocará mal-estar a quem as ouvir e, nesse caso, é preferível o silêncio, até que a onda perca a sua força, e se desvaneça em pleno oceano!