Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

O Grupo de Teatro TEMA apresenta

 

Estreia já no próximo dia 11 de Março, no Auditório Municipal Beatriz Costa, em Mafra, a peça Procura-se Delicidade, com o apoio da Câmara Municipal de Mafra.

Com actuações de Rui Santos e Rita Figueiredo, e texto e encenação de Lourenço Henriques, o grupo TEMA inicia assim o ano 2016 com a exibição desta peça.

Não percam!

À Conversa com o Grupo de Teatro TEMA

 

O Grupo TEMA tem a sua origem na associação Elemento Periférico, fundada a 25 de Novembro de 2014, da qual fazem parte Lourenço Henriques (actor e dramaturgo), Carlos d'Almeida Ribeiro (actor e encenador), Patrícia Adão Marques (actriz), Rui Santos (actor), Sofia Nicholson (actriz), Marta Andrino (actriz), Júlia Belard (actriz), João Pedro Silva (fotógrafo e designer gráfico) e Bernardo Torres Henriques (produtor).

Este grupo foi criado com o objectivo de desenvolver uma companhia profissional de teatro, em Mafra, bem como apresentar regularmente produções teatrais, em Mafra e noutros pontos do país, e ainda oferecer acções de formação, ou iniciação teatral, dirigidas, sobretudo, aos jovens do concelho.

Com as suas produções o Grupo TEMA espera chegar a um público abrangente, através de uma programação diversificada que contempla comédia, drama e teatro para a infância.

O Grupo conta com o apoio de várias entidades do concelho, com destaque para a Câmara Municipal de Mafra, mas os recursos são ainda reduzidos. Vale a enorme vontade com que os seus elementos têm vindo a trabalhar, o que tem permitido que o sonho se materialize, e que o Grupo TEMA continue a criar teatro em, e para, Mafra.

Em Outubro, pudemos assistir à peça “Antes e Depois”, com texto e encenação de Lourenço Henriques, e actuações de Rui Luís Brás e Sofia Nicholson.

 

Logo em seguida, o primeiro espectáculo de teatro para a infância - Escola de Heróis.

O Grupo TEMA, aqui representado por Lourenço Henriques, é o convidado desta semana da rubrica “À Conversa com…”, a quem desde já agradeço por ter aceitado este convite.

 

 

 

TEMA é a junção de Teatro e Mafra. Porquê a escolha de Mafra para desenvolver uma companhia profissional de teatro?

Não nasci em Mafra, mas cresci em Mafra. É o sítio do mundo a que posso, com maior propriedade, chamar “a minha terra”.

 

Como é que nasceu este projecto?

De um sonho, como nascem todos os projectos. Passei o sonho para uma apresentação criteriosa e pedi para falar com o Presidente da Câmara, o Eng. Hélder Sousa Silva. Ele recebeu-me e abraçou o projecto de imediato. Direi que se eu sou o pai do Grupo TEMA, o sr. Presidente e a sra. Vereadora Célia Fernandes são a mãe.

 

O Grupo TEMA conta já com um leque de actores conhecidos. Para além destes, o grupo pretende formar novos actores para fazerem parte das peças que vierem a produzir?

Formar actores de raíz para o mercado de trabalho é uma tarefa que não cabe às companhias de teatro desempenhar. As companhias podem contribuir para a formação dos actores, mas não formam actores, no sentido escolástico da formação. O que temos feito é abrir a porta a actores que residam na região e que queiram juntar-se a nós. Não podemos prometer trabalho a toda a gente, mas já trabalhámos com alguns actores de cá. É verdade que levamos a cabo acções de formação, mas não nos arrogamos na ideia de que podemos ser uma escola. Damos às pessoas um vislumbre do que é esta coisa de representar. É diferente de formar actores.

 

Onde é que o Grupo TEMA está sediado? Onde decorrem os ensaios, a formação?

O espaço de trabalho da companhia é no antigo Jardim de Infância do Sobreiro, espaço que nos foi gentilmente cedido pela Câmara Municipal de Mafra.

 

Que tipo de oferta formativa têm neste momento?

Temos uma Oficina de Teatro, com aulas continuadas, onde temos alunos com idades compreendidas entre os 12 e os quase 50 anos. Qualquer pessoa pode experimentar a qualquer momento. Para além disso fazemos um workshop intensivo para a população juvenil no início das férias grandes. No Verão de 2015 tivemos 17 alunos. Não podemos ir além desse número. Não cabem no nosso espaço e não podemos, com honestidade, albergar mais gente. No próximo Verão vamos repetir a iniciativa, com algumas diferenças relativamente ao ano passado. Esperamos atingir o mesmo número de participantes.

 

As vossas peças têm tido uma boa aderência por parte do público? Qual tem sido o feedback que têm recebido?

O feedback, em termos qualitativos, tem sido muito bom. As pessoas querem ver e querem ver mais. Em termos quantitativos, queremos crescer em 2016, mas 2015 já foi bom. Ultrapassámos os 3000 espectadores, mais concretamente chegámos aos 3203 espectadores. No nosso segundo espectáculo, Antes/Depois, esgotámos quase todas as sessões. Foi muito positivo.

 

Que ajuda mais precisam para poder dar continuidade a este projecto e levá-lo cada vez mais longe?

Toda a ajuda é bem-vinda. Em 2016 faço votos de que mais privados (empresas) se disponibilizem para nos apoiar. Os apoios não se resumem a dinheiro, embora seja impossível produzir sem dinheiro. Seria importante podermos adquirir algum equipamento, nomeadamente de luz. Gostava que houvesse disponibilidade por parte do tecido empresarial e de outras entidades locais, além da Câmara, para nos ajudar nesse objectivo.

 

Depois do sucesso de “Antes e Depois” e de “Escola de Heróis”, têm algumas peças agendadas para 2016?

Temos, claro. O nosso objectivo é apresentar três produções anuais, duas para o público em geral e uma para o público infantil. 2016 não será diferente, a menos que algum evento imprevisto nos impeça de o conseguir.

 

Muito obrigada, Lourenço!

 

É importante conhecer, e não apenas reconhecer

Já está disponível a revista BLOGAZINE n.º 3, dedicada ao tema Multiculturalismo!

Leiam e descubram a cozinha típica de algumas regiões, danças tradicionais, novos destinos para viagens e passeios, e muito mais.

 

Aqui fica o o texto que escrevi, para a área da Acção Social:

 

"É importante conhecer, e não apenas reconhecer

Sabias que, entre os 10 milhões de habitantes de Portugal, estão identificadas mais de 150 nacionalidades?

Portugal é um país cada vez mais multicultural.

A maioria dos imigrantes é oriunda dos países africanos de língua oficial portuguesa, e do Brasil, que se sentem, provavelmente, mais confortáveis em vir para o nosso país pelo facto de partilhar a mesma língua, o que facilita a adaptação.

No entanto, nos últimos anos, temos acolhido muitos imigrantes dos países de Leste, que vivem problemas financeiros nos seus países de origem e veem, em Portugal, uma fuga, pois conseguem aprender português com facilidade e aceitam, muitas vezes, os empregos que os portugueses não querem ocupar. 

Já do continente asiático, os imigrantes são, sobretudo, naturais da China que parecem encontrar, em Portugal, um mercado promissor. 

Ou seja, todas estas culturas se cruzam no nosso país e, de certa forma, estão unidas por dificuldades e sonhos comuns.

Mas nem sempre esta diversidade cultural é vista com bons olhos, havendo quem defenda que, se a promoção do multiculturalismo continuar, Portugal acabará por perder a sua identidade cultural. 

Pior, há quem acredite que estes imigrantes vêm para o nosso país agravar ainda mais a crise que por cá vivemos. Porquê? Porque o governo lhes facilita a vida. Porque vêm “roubar” postos de trabalho aos portugueses. Porque vêm para cá criar conflitos e provocar desordem, cometer crimes e sabe-se lá que mais, gerando sentimentos de desconfiança e tensão.

Assim como há quem acredite que eles chegam cá e se adaptam facilmente, sem necessitar da ajuda de ninguém.

No dia-a-dia vemos diversos imigrantes, aparentemente, integrados na nossa sociedade. Mas, será que é mesmo assim?

Havendo diversas culturas juntas num mesmo local, as mesmas são “obrigadas” a conviver e a relacionar-se. Mas acabam por formar pequenos grupos que são, muitas vezes, marginalizados pelos habitantes do país que os acolhe, levando ao isolamento e a atos de racismo e xenofobia.

Portugal foi considerado um dos países com melhor política de integração e inclusão de imigrantes. Mas da teoria à prática vai uma grande diferença. E não basta só tolerar, mas sim, compreender, aceitar as diferenças, os costumes, os valores de cada cultura.

Cabe a cada um de nós fazer a nossa parte para integrar os imigrantes que aqui procuram uma melhor oportunidade de vida, da mesma forma como gostaríamos de ser acolhidos, integrados e aceites, se um dia tivermos que emigrar para outro país qualquer.

No fundo, o fundamental é que haja respeito entre as diversas culturas. Quem sabe não podemos, através do multiculturalismo, tornarmo-nos numa sociedade mais rica."

 

O texto integral pode ser lido nas páginas 11 e 12 da Blogazine.