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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

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À Conversa com AH Nuc

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Pedro Cunha, atualmente conhecido como AH Nuc, não é um estreante no mundo da música. Para quem não está recordado, Pedro Cunha foi membro da banda “Santos & Pecadores”, formada em 1995, na qual se encarregava da bateria e da composição das músicas.

Mais tarde, em 2003, Pedro passa a fazer parte do projeto “Spin”, onde assume, pela primeira vez, o papel de vocalista editando, de forma independente, o álbum “Scanning System for Problems”, com temas em inglês.

 

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Em 2015, surge como AH Nuc, que mais não é do que o seu nome “Cunha” ao contrário, e apresenta o seu primeiro trabalho a solo “Satelite On”, um trabalho dentro do estilo pop/rock, com algumas canções que foi escrevendo ao longo dos últimos anos. O lançamento aconteceu no dia 1 de Junho de 2015, em todas as plataformas digitais, e conta com músicas como “Tu e Eu”, “Vamos Dar Que Falar” ou “O Mundo Não Chega”.

É ele o convidado de hoje, a quem agradeço a disponibilidade.

 

 

 

AH Nuc, durante vários anos, fez parte da banda Santos & Pecadores, tanto como compositor, como baterista. Guarda boas recordações dessa primeira incursão no mundo da música?

- Continuo a fazer parte da banda Santos & Pecadores, uma vez que a banda não acabou. Resolvemos apenas fazer um "intervalo" por tempo indeterminado, depois de sentirmos algum cansaço após 21 anos de carreira.

Esse tempo tem muitas  historias e na maioria bons momentos.Foi com os Santos & pecadores que o nosso sonho de sermos musicos profissionais se tornou realidade e essa é uma experiência fantastica.São momentos que vamos guardar para sempre. A nossa carreira musical acompanhou o nosso crescimento como homens, uma vez que começámos muito cedo e acabou de alguma forma por moldar-nos como pessoas.

 

Como foi passar de baterista a vocalista de uma banda? Era algo que já tinha o desejo de experienciar, ou surgiu por acaso?

 - Aconteceu...Eu tinha uma série de temas que não encaixavam no formato Santos & Pecadores, o mesmo acontecia com o baixista Artur Santos e resolvemos juntar-nos para ver qual seria o resultado.Como eu tinha os meus temas já cantados, achamos que a solução passaria por aí...Para mim era mais um desafio, até porque, o interessante seria sentir que esse projecto seria o mais distante possivel daquilo que faziamos nos Santos & Pecadores. Não fazia sentido fazermos dois projectos iguais. Desta junção de ideias resultou o projecto SPIN ao qual se juntaram o guitarrista Vitor Machado e o baterista Vazco Vaz.

 

Para os Santos & Pecadores, compôs músicas em português. Porquê a escolha do inglês para o projeto Spin?

- Santos & Pecadores só faz sentido cantado em português.Assim nasceu, assim cresceu e assim morrerá.Nos Santos & Pecadores sempre existiu uma grande abertura para a composição e o que fazemos é levar o maximo de canções para a sala de ensaio e experimenta-las em banda.Para ser verdadeiro em termos de textos para os Santos & Pecadores apenas colaborei com cerca de meia duzia. Nunca me senti muito á vontade para escrever em português.As musicas de Spin foram construidas em inglês desde o inicio, nasceram assim e assim ficaram. Até porque era mais uma forma de marcar a diferença em relação a Santos & Pecadores.

 

O seu último trabalho “Satelite on”, com algumas das canções que foi compondo ao longo dos anos, foi lançado nas plataformas digitais em Junho de 2015. O que é que podemos esperar desse trabalho?

 - É a primeira pedra da minha carreira a solo, o primeiro passo no caminho, o primeiro degrau.

Achei que seria a altura certa, uma vez que Santos & Pecadores estão parados.Tinha muitos temas de parte e não queria que ficassem na gaveta. Aproveitei a hipotese que a editora Farol me deu de editar este trabalho " Satelite on ".

" Satelite On " encaixa-se perfeitamente no formato pop/rock actual, com algumas nuances aos anos 80/90.

A parte dificil foi a escolha dos temas, porque tinha e tenho muitos temas. Alguns deles nem consegui "pegar-lhes" pois não tive tempo. Ficam á espera de uma segunda hipotese, num novo trabalho.

O que desejo é solidificar passo a passo, com calma, este formato a solo. Dá-lo a conhecer ao maior numero possivel de pessoas e por isso estou a trabalhar para o formato concerto a partir de 2016.

 

Existe um distanciamento, em termos de estilo musical e/ou forma de estar, entre este trabalho a solo, e o que realizou enquanto membro integrante das anteriores bandas?

- Existe claramente.Mais do que não seja por ser um trabalho só meu. As decisões em termos de arranjos e composição passam só por mim. Em termos de estilos musicais tento ser o mais abrangente possivel, pois é isso que sou enquanto amante da musica. O que recebo é o que tento transmitir. Daí o nome do disco " Satelite On ". Nos Santos & pecadores somos seis pessoas a decidir e a compor.Em Spin foi um trabalho essencialmente a dois.

Aqui sou eu, a minha essencia, a minha forma de estar.

 

É fácil ser-se músico em Portugal? Existem mais oportunidades hoje, que há uns anos atrás?

- De forma nenhuma. Nem é fácil, nem existem mais oportunidades.

É uma luta constante por aquilo que se ama e se quer seguir como profissão.

Cada vez há menos editoras a apostar na musica made in Portugal. Cada vez se passa menos nas rádios nacionais, excepção feita a algumas radios locais. Cada vez existem menos programas na televisão para se poder divulgar a musica que se faz por cá.Cada vez existem menos locais de musica ao vivo para bandas que estão a começar. È pena... e quanto mais se tenta perceber, menos se percebe. A educação pela nossa cultura é deveras importante, mas não existe.

E cada vez existem mais projectos e musicos com valor.Há tanta coisa boa, que 90% da população desconhece por completo.

 

Um dos temas deste seu álbum de estreia intitula-se “O Mundo não Chega”. O Ah Nuc considera-se uma pessoa ambiciosa, no bom sentido?

- A ambição faz parte da vida. Existe seja no que for. E é isso que nos faz seguir em frente e tentar alcançar objectivos, sejam eles quais forem. Não acredito na realização a 100%, talvez em curtos espaços temporais.A ambição no bom sentido é de salutar. Há quem queira mais do isso e é isso que aborda o tema " O mundo não chega ".

 

“Vamos dar que falar” é o segundo single extraído do álbum. Considera que este seu trabalho também irá dar que falar a quem o ouvir?

- Espero que sim, eheheh. Falando a sério, o objetivo de um disco é chegar ao maximo possivel de publico e que de alguma forma se identifiquem, que mexa com sentimentos e que lhes dê prazer naquilo que escutam.

Se assim não fosse, mais valia ficar em casa e tocar as musicas só para mim.

O tema " Vamos dar que falar " aborda a minha paixão pela musica e retrata um periodo que pensei que esse amor se tinha extinto. Afinal, como noutros tipos de relação, foi apenas um mau periodo e no fim o amor venceu.

 

Para além do lançamento nas plataformas digitais, vamos poder ouvir Ah Nuc ao vivo?

- Sim, claro que sim. Esse é um dos objectivos que tenho para 2016 e no qual estou a trabalhar.É algo muito importante e que complementa o trabalho do disco.É a interação com o publico.Quero ver como as pessoas vão reagir a este disco ao vivo.Olhos nos olhos é sempre diferente e tem muito mais calor.

 

Quais são os seus objectivos para 2016?

- Chegar o mais longe possivel com " Satelite On". Este disco ainda tem muito por onde explorar e por isso vou espreme-lo até á ultima gota.Se calhar, se tudo correr conforme planeado lá para o final do ano começo a preparar o seu sucessor.

Levar o disco para o formato ao vivo. Como mencionei atrás, é algo que quero muito fazer e para o qual estou a trabalhar.

 

 

 

 

Saibam mais em: 

http://www.ahnuc.com 

http://www.facebook.com/Ah-Nuc-788935914555473/ 

 

 

Nota: Esta conversa teve o apoio da editora Farol Música, a qual cedeu também as imagens. 

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