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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

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À Conversa com Firmino Pascoal

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Firmino Pascoal nasceu em Luanda.

Músico desde menino, começa pelo canto, depois a paixão pela percussão, prosseguindo e desenvolvendo sua carreira como músico e autor de música de raiz étnica africana com o projeto Lindu Mona. 

Firmino Pascoal cruza as sonoridades da sua infância africana, com as da adolescência europeia e, ao mesmo tempo, desenvolve a sua vertente de artista plástico.

Em 2017 editou o álbum “Milongo de Amor”.

 

A 11 de maio deste ano, apresentou o novo tema “Mukua Difuba”.

Fiquem a conhecê-lo melhor nesta entrevista!

 

 

 

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Quem é o Firmino Pascoal?

Sou um ser humano proveniente do planeta Mercúrio que, numa outra encarnação, foi escriba no Egipto, e que nesta materialização no planeta Terra tomou o nome de José Firmino Pascoal Pereira.

 

 

O Firmino é natural de Luanda. Que memórias guarda dos seus tempos de infância lá passados?

Uma cidade linda à beira mar, com gente que quer viver alegre e em harmonia com o espaço onde vive, com os bens materiais e disfrutando da música e das artes para o qual estão talhados.

 

 

Como nasceu a sua paixão pela música?

Desde os meus 4 anos que recordo de mim sentado no degrau da porta para o meu quintal, da minha casa em Luanda, a cantar músicas da época e a inventar outras músicas.

 

 

O Firmino é um autodidata. Na sua opinião, quais são as vantagens e desvantagens deste tipo de aprendizagem?

Nas vantagens considero o desenvolvimento de uma grande sensibilidade para receber do universo as informações relativas à criação e aos conteúdos energéticos que a música encerra.

As desvantagens prendem-se com a dificuldade de dialogar e executar com outros músicos cujo aprendizado seja mais matemático.

 

 

 

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Em 1970 regressou a Angola, onde foi “reabsorver as raízes da sua música, reviver o quotidiano das suas gentes e reaprender o sentido da africanidade”. Considera que os anos vividos na europa acabaram por desvanecer um pouco a influência que trazia da sua terra?

Essa influência sempre esteve comigo, só que eu vim para Portugal com 6 anos e, com essa idade, não estava preocupado com esse tipo de coisas.

 

 

Essa “africanidade” que foi reaprender está sempre presente na sua música?

Sim está sempre presente mesmo que seja num vira ou num malhão. É a minha imagem de marca.

 

 

Ao longo da sua carreira, foram vários os artistas com os quais colaborou, e que colaboraram consigo. Consegue recordar alguns que o tenham marcado mais?

Marcaram-me mais os grupos Tantra e Perspectiva, e os músicos e artistas António Pinheiro da Silva, Jorge Fernando “Umbada”, Francisco Naia, Rolando Pinheiro, Raul Indipwo e Yami Aloelela.

 

 

Em que momento ressurge, na sua vida, a vertente de artista plástico? A música e a pintura são artes que se podem conjugar?

Surge em 1975 na companhia, e sobre a influência, de um grande amigo meu músico e arquitecto de seu nome Raul Rosa. Claro que essas duas artes se conjugam e complementam ou não fosse o som um tratado de cor ou as cores não tivessem musicalidade.

 

 

 

 

 

Em maio, apresentou o tema “Mukua Difuba”, com a participação especial de Ritta Tristany. Do que nos fala esta música?

A tradução do título desta música é o de “Mulher Ciumenta”. Esta música fala-nos de uma mulher que chorava a perda de seu amado marido. Em vida deste ela tinha muita dificuldade em dividir o amor deste homem com as outras pessoas. Mas acredito que o Amor tudo vencerá!

 

 

Quais são os são projectos, a nível musical, para 2018?

Lançar mais 2 ou 3 singles, e respectivos vídeos, preparando para a saída, em 2019, de um novo álbum de memórias.

Divulgar, entretanto, o meu último álbum, que saiu em Novembro de 2017, em entrevistas e espectáculos.

 

 

Onde é que o público poderá ouvir o Firmino Pascoal nos próximos meses?

Esta 4ª Feira no Moinho de Maré em Alhos Vedros acompanhando a Banda Oposta, a 16 de Junho estarei na Ericeira acompanhando a Ritta Tristany e o seu projecto infantil “A Selva da Amizade” e a 16 Julho estarei no Barreiro no clube “31 Janeiro”.

 

Muito obrigada!

 

 

Nota: Esta conversa teve o apoio da editora Farol Música, a qual cedeu também as imagens e o vídeo.