À Conversa com Future Stranger
Future Stranger é o nome artístico do moldavo Gheorghe Nastas, um artista que compõe e produz os próprios temas, e que lançou, no passado dia 15 de junho o seu segundo single “Don’t You”.
Neste tema, que fala sobre o amor e a traição, Future Stanger demonstra mais uma vez a sua assinatura sonora focando-se, desta vez, na voz como um instrumental leve e simples.
Fiquem a conhecê-lo melhor nesta entrevista!
Future Stranger é o nome artístico que adotaste. O que te levou a escolher este nome?
Este nome surgiu há muitos anos, e por alguma razão ficou. Já tentei perceber o porquê deste nome, mas sem sucesso. Talvez seja a fusão entre a minha obsessão pela ficção científica e pelo drama, ou talvez isso apenas seja uma interpretação que me satisfaça? Não sei.
Nasceste na Moldávia, mas resides desde muito cedo em Portugal. O que mais te deixa saudades da Moldávia, e o que mais gostas em Portugal?
A saudade acaba por ser um conceito estranho, pois desde miúdo que vivo em Portugal. A nostalgia que a geração anterior sente não se manifesta em mim.
A cultura nunca foi algo que me interessasse, e eu diria que a única marca que a Moldávia deixou em mim foram os valores que me foram passados através dos meus pais.
Naturalmente que a família importa, mas a nível pessoal, eu segui numa direção completamente diferente. Quanto a Portugal, foi aí que vivi a maior parte da minha vida e tive as oportunidades que tive.
Estudaste produção musical na Universidade Solent de Southampton, em Inglaterra. Na tua opinião, o talento natural para a música deve ser complementado com formação na área?
Excelente pergunta!
Há quem diga que a formação acaba por tornar o processo mecânico e elimina a emoção não filtrada, mas eu acho que, especialmente para os aprendizes de produtor é vital ter formação.
O mesmo se aplica a um guitarrista e um cantor, o treino refina a arte e elimina as impurezas, metaforicamente falando. Dito isto, eu penso que concretizar algo que parece impossível e para além das minhas capacidades parece-me ser uma boa razão para viver.
Na música, és cantor, compositor e produtor. Em qual das facetas te sentes mais à vontade?
Certamente que me sinto mais à vontade a produzir do que a cantar, não só por falta de experiência mas também por causa da obsessão que tenho com sintetizadores e com a tecnologia. Quanto à composição, gosto imenso de me aventurar com bandas sonoras, mas isso é uma história para muito mais tarde…
Como caracterizas o teu estilo musical?
É muito difícil caracterizar o meu próprio som pois estou demasiado envolvido nele. Demasiadas opiniões e justificações internas das quais não consigo escapar.
Mas se tivesse que dar uma resposta minimamente coerente, diria que o meu som talvez seja uma fusão entre música eletrónica, drama, ficção científica de Hollywood e um toque da agressividade do metal que tanto amo (James Hetfield forever).
Sempre senti a necessidade de dar muita energia à minha música, talvez um toque de drama ( um grandessíssimo toque de drama…) e tentar ser o mais versátil possível. Nunca produzi duas músicas iguais pois a rotina aborrece-me imenso.
“You’re My Religion” foi o teu single de apresentação. Que mensagem está implícita neste tema?
Apenas tentei capturar aquilo que o amor significa para mim, coberto por uma camada de pop e música eletrónica agressiva, camada essa que de certa forma demonstra como sou no amor…
“Don’t You” é o segundo single a ser apresentado, um tema que fala sobre amor e traição, duas palavras que andam sempre próximas uma da outra. Na tua opinião, quem ama não trai?
A traição é apenas a manifestação de fraqueza do ser humano, nada mais. Nunca estamos satisfeitos com nada e por isso queremos mais, mas o amor é uma tempestade de incertezas, mas ele está lá, para quem o quer.
Que feedback tens recebido por parte do público relativamente à tua música?
O feedback tem sido muito positivo, só espero conseguir chegar a mais ouvidos e talvez começar a receber criticas. Sonho ter o meu primeiro “hater” pois parece um conceito engraçado… e nas palavras de Cliff Blezsinski, “any press is good press”.
Quando sairá o álbum de Future Stranger?
A tarefa impossível… de momento, mas acho que em breve as estrelas irão alinhar-se e talvez consiga canalizar a minha visão criativa de forma a que possa ter orgulho no resultado. Mas o que é certo é que o desafio não me assusta.
Quais são as tuas metas para 2018, a nível musical?
Pretendo mergulhar no trabalho e continuar a lançar música, tentar desafiar-me para produzir coisas que nunca antes fiz, surpreender o público e a mim próprio também. Estes dois singles foram apenas o início pois há muito mais que quero mostrar ao mundo, mas tudo a seu tempo.
De que forma é que o público te pode ouvir e acompanhar?
A minha música está disponível nas grandes plataformas como o YouTube, iTunes, Google Play, Spotify, Tidal e em breve também no Soundcloud. Podem seguir-me no Instagram (@futurestranger), no Facebook (@futurestrangerofficial) e no Soundcloud (@futurestranger). Fique atento a música nova em breve!
Muito obrigada!
Nota: Esta conversa teve o apoio da editora Farol Música, a qual cedeu também as imagens e o official audio.