À Conversa com Nicolau
Não foi preciso “Pensar Demais” para Nicolau se aventurar num novo EP, composto por 5 temas, cantados em português.
“Alto e Pára o Baile”, que agora vão saborear o “Licor” de Nicolau.
E não pensem que “Tá Escasso” porque, para além de dar nome ao EP, “Licor” é também o single de apresentação do mesmo, que já roda nas rádios nacionais.
“ Venha Mais Desse Amor”, mais música, e a entrevista ao convidado de hoje: Nicolau!
Quem é o Nicolau?
Nicolau é um tipo que adora música dos mais variados estilos musicais, e que também adora compor.
É também alguém que procura criar algo diferente mas, ao mesmo tempo, igual e com o qual as pessoas se possam identificar.
Nicolau é o projecto a solo de Filipe Nicolau, cantor/compositor que pretende mostrar uma outra faceta com canções mais intimistas e em Português.
Como é que surgiu a tua paixão pela música?
Não sei precisar o momento, acho que foi acontecendo gradualmente.
Lembro-me, quando era muito novo, de ouvir cassetes e CD’s da minha irmã mais velha.
O álbum “Stomping Ground” dos Goldfinger e o “Californication” dos Red Hot foram, por exemplo, os primeiros álbuns que me lembro de ouvir e pensar “... isto é muito bom” .
Mas a paixão realmente surgiu para ficar quando comprei um baixo aos 16/17 anos, para tocar com uns amigos e, sinceramente, surge de novo quando descubro novos géneros musicais pelos quais me apaixono como, por exemplo, mais recentemente, o “Bluegrass” e o “Gypsy Jazz”.
Quais são as tuas principais referências a nível musical?
A minha banda preferida, de alguns anos já, chama-se “Annemaykantereit”. São alemães e eu não entendo nada das letras, mas inspiram-me e transmitem-me tanto que nem importa bem o que a letra diz. Eu tenho a minha própria interpretação e para mim o mais importante é o feeling que recebo da canção em si.
Recentemente comecei a ouvir mais música portuguesa, coisa que nunca me atraiu muito. Descobri que adoro Ana Moura e a minha maior influência em português é o Miguel Araújo. Como músico e compositor o Miguel é dos melhores que temos em Portugal a meu ver.
Também gosto bastante da Ana Bacalhau, a forma como ela sente a música e a interpreta é algo de fantástico.
Já participaste em outros projetos ligados à música, nomeadamente, a banda The Town Bar. O que te levou a apostar num trabalho a solo?
Eu ainda pertenço a “The Town Bar” e hei-de pertencer durante muitos anos. É o projecto da minha vida e o qual eu me dedico mais.
“The Town Bar” nasceu do meu projecto a solo “Fil, the Captain” da qual cresceu naturalmente para banda com um estilo um pouco diferente, daí ter outro nome.
Tendo o meu projecto a solo se transformado em banda, decidi começar de novo um projecto a solo onde fosse livre de criar novas músicas com feelings diferentes de maneira a mostrar outras facetas de compositor. Até porque também tenho como objectivo compor para outros artistas.
Que ingredientes compõem este “Licor”?
O EP “Licor” é composto por músicas simples, compostas no meu quarto, na tentativa de criar algo diferente, mas só quando entrei em estúdio e o Francisco Pereira gravou os pianos/teclados (coisa que não estava prevista) é que consegui perceber o rumo que estas estavam a tomar.
Umas mais Pop, outras mais Tradicionais, outras a roçar o Tango, é uma mistura de muitas coisas e eu nem gosto muito de rotular músicas mas por piada costumo dizer que toco um PseudoFado Tradicional.
Do que nos falam as tuas músicas?
As minhas músicas falam essencialmente sobre amor, ou a falta dele. Normalmente gosto de contar histórias e não costumo escrever sobre mim mas este EP por acaso abre com o tema “Pensar Demais” que fala um pouco sobre a minha maneira de ser.
“Licor”, o single de apresentação, foi lançado a 3 de maio, e já toca nas rádios nacionais. Que feedback tens recebido sobre este tema?
O feedback tem sido muito bom. Tenho recebido imensas mensagens de amigos e até de desconhecidos que me abordam e dizem que gostam bastante do tema “Licor”.
E fico contente quando me dizem que gostam de me ouvir cantar em português porque eu acho que ainda tenho muitos vícios de cantar em inglês e não tenho a melhor dicção, mas é algo que estou a tentar melhorar.
O EP será editado a 14 de junho. De que forma irás promovê-lo? Já tens atuações agendadas?
Estou a pensar fazer um concerto de lançamento do EP físico em meados de Julho. Tenho algumas datas, mas não muitas, até porque o meu foco principal é “The Town Bar” na qual tenho vindo a tocar e, felizmente, temos tido imensos concertos.
Mas quero que o projecto a solo cresça aos poucos, de forma natural, e irei promover o EP pela internet de maneira a dar a conhecer as minhas músicas.
Que objetivos gostarias de concretizar, ainda este ano, a nível musical?
Tenho como objectivo encher o Centro Cultural do Cartaxo, cidade onde moro, mas confesso que acho difícil faze-lo ainda este ano. Tenho também como objectivo compor para outros artistas de renome nacional.
De que forma é que o público te poderá acompanhar?
Podem-me acompanhar pela página de facebook, instagram e site oficial.
Deixo aqui os links:
Facebook: https://www.facebook.com/nicolaufil
Instagram: https://www.instagram.com/nicolau_fil
Site:
Muito obrigada!
Um Muito Obrigado ao blog “O meu canto” pela entrevista e por me darem a oportunidade de falar e dar a conhecer o meu projecto a solo.
Nota: Esta conversa teve o apoio da editora Farol Música, a qual cedeu também as imagens e o vídeo.