A perseguição continua
No seguimento deste post a-confusao-de-uma-informacao-mal-dada, e depois de achar que o assunto já tinha ficado esclarecido, uma vez que não havia muito a fazer e a EDP não viria pôr um contador novo só porque sim, eis que senhorio e electricista voltam ao ataque, com aquilo que mais parece uma perseguição ao domicílio.
Final de tarde, andava eu em limpezas aqui por casa, batem-me à porta.
Quando vi que era o electricista, tive vontade de não abrir, parecia que já estava a adivinhar o que por aí vinha, mas lá abri.
O senhorio vinha também, mas disfarçou a sua presença e nunca se manifestou, deixando a missão para o electricista.
Veio então este, com uma declaração de autorização a terceiros, da EDP, para eu preencher, assinar e entregar cópia do meu cartão de cidadão, para ele poder tratar das coisas em meu nome, em Torres Vedras, porque aqui em Mafra não fazem nada.
Expliquei-lhe o que me tinham dito.
"Ah e tal, se o contador estiver avariado têm que cá vir."
Voltei a explicar que não é o caso, e não vou dizer que está, quando não está. E que já tinha falado e combinado com o senhorio esparar que a iniciativa de mudar os contadores partisse da EDP.
"Ah e tal, a EDP não vai trocar nada tão cedo, e os contadores têm que ir todos para a rua, o seu é o único que ainda não está."
Expliquei-lhe novamente que, quando for o caso, a EDP trata disso, e que aquilo que ele ia fazer, também eu posso fazer.
Foi então que, para variar, lá veio com a sua arrogância, falta de respeito e educação, reclamar que eu não faço nada, que só quero dificultar as coisas, que eu é que sei tudo e ele não sabe nada, rasgou a folha e continuou a barafustar que comigo não vale a pena falar mais, e que já teve tantos clientes e nunca viu nada assim.
Eles seguiram viagem, e eu fechei a porta, ainda parva com a lata deste homem.
Em primeiro lugar, não sou cliente dele, não o contratei nem lhe pedi nada, e não o conheço de lado nenhum para lhe dar poderes para tratar do que quer que seja.
Em segundo lugar, ele nem sequer tem que vir bate à minha porta, nem falar comigo, menos ainda para arranjar discussão.
Quem o contratou foi o senhorio, é com ele que tem que resolver as coisas. A mim, quem tem que me dizer alguma coisa, é o senhorio, sem mandar recado por intemediários.
E quando digo falar, é falar, não é mandar, impôr a sua vontade.
Esta obra foi feita por iniciativa do senhorio, que em momento algum me perguntou se eu tinha interesse, se queria, se concordava.
Se foi tudo feito legalmente e em condições, só tinha que me informar de que, para eu poder ter um contador novo, teria que ser eu a pedi-lo, e ponto final. Se eu o pedia ou não, era problema meu.
Porque é que estão tão preocupados com multas, com infracções, com o facto de a EDP pensar que estamos a roubar energia?
Começo a ficar cansada desta perseguição, desta insistência absurda.
Eu não chateio ninguém, porque raios têm que me vir chatear a mim?