A primeira gala do The Voice Portugal
No geral, senti que, de tanto quererem dar o seu cunho pessoal, acabaram por estragar a maior parte das músicas.
Não percebi muitos gestos feitos pelos concorrentes, numa clara imitação do Salvador Sobral. Será por estar na moda essa postura?
Gostei da escolha da Diana, que até começou bem, mas depois descarrilou. Não sei explicar, mas não gosto da forma como canta. À excepção da prova cega, nunca mais me convenceu em nenhuma das atuações.
O Joaquim não esteve tão bem como das outras vezes, e fica a dúvida se terá sido uma boa escolha da mentora.
Desta vez, não gostei de ouvir a Cláudia Pascoal no tema que escolheu. Muitas das pelavras, nem sequer se perceberam. O que é diferente pode ser bom. Mas a diferença forçada, não.
A Ana Paula canta num registo que não é o meu favorito, e cada vez me custa mais ouvir cantar neste registo, sem me doer os ouvidos, pelo que é difícil ouvir as prestações dela e, assim, avaliar.
Finalmente, a Aurea tomou a decisão acertada de mandar para casa a Diana.
Ana Paula e Cláudia Pascoal, por escolha do público, e Joaquim, salvo pela mentora, seguem para a próxima gala.
O Simão arriscou com um tema de Shawn Mendes que o favoreceu bastante no início, mas o levou a perder-se do meio para a frente.
A Salomé é daquelas concorrentes que oiço, mas não me diz nada.
O Fábio esteve bem melhor que nas atuações anteriores.
A Inês quis interpretar uma diva, mas a diva Inês ontem não apareceu. Espalhou-se ao comprido, com a escolha desta música, nem parecendo a mesma Inês que ouvimos nas outras atuações.
Desta equipa, foi eliminada a Salomé.
Desta equipa, destaco a Vanessa, pelo progresso que mostrou na forma como canta. Desta vez, sem gritar, mostrando uma Vanessa mais contida, e com a voz a sair muito melhor e mais bonita. Ainda assim, gostei da escolha do Anselmo, de ficar com a Marta, depois de a Telma e a Kátia terem sido salvas pelo público.
A equipa da Marisa concentra alguns dos potenciais vencedores. Quem sabe este ano não lhe calha a ela a vitória.
Já vimos que o Tiago Nacarato tem um grande apoio do público. A sensação que tive, quando o ouvi, foi a de estar a ouvir uma música brasileira, cantada em português, e a não soar muito bem aos ouvidos. Só depois percebi que era uma música 100% portuguesa, do Rui Veloso.
O que é certo é que o Tiago já se encontra em estúdio a produzir o seu primeiro disco de originais, que deverá ser editado no final do próximo ano. Ainda hoje recebi um email com a divulgação das datas em que irá atuar no próximo ano, o que significa que já tem uma equipa encarregada de fazer a publicidade e divulgação do seu trabalho.
Pergunto-me se, mais uma vez, o programa está feito para ser ele o vencedor?
O Ricardo Neiva continua a fazer escolhas diferentes, mas nem sempre as melhores. Houve momentos em que gostei, outros em que me perguntei o que raio estava ele a fazer a uma música tão bonita, com tantas voltinhas para se descolar do original.
Tomás Adrião - não o suporto! Não gosto daquela mania, daquele ar de convencido que é o melhor, que é diferente, que sente a música. Há ali muita coisa forçada, muita preocupação com os gestos. Em sair da caixa. Mas por vezes, menos é mais. E mais, neste caso, foi menos.
O Ricardo Barroso fez uma boa atuação, como já nos tem habituado. Gostava de o ver agora noutros registos, ou ouvi-lo cantar em português.
E como, em nome das audiências, vale tudo, decidiram pôr-nos a todos em standby, à espera da decisão final da Marisa, que esta noite não esteve presente por motivos de saude.
Após os votos do público garantirem a presença na próxima gala do Tiago e do Tomás, ficou por decidir qual dos Ricardos ocupará a terceira vaga.
Espero, sinceramente, que a Marisa escolha o Ricardo Barroso.
Imagens The Voice Portugal