A Sereia de Brighton, de Dorothy Koomson
É o segundo livro que leio, desta autora.
Não o conhecia, até que alguém aqui no Sapo, falou sobre ele, e me despertou a curiosidade em lê-lo.
Não fazia ideia do que esperar, mas foi uma boa decisão tê-lo pedido como prenda de Natal!
Acho que, pela primeira vez, assim tão explicitamente, li uma história em que as protagonistas são negras, tal como a primeira mulher assassinada, que deu o nome à história e que ficou conhecida, à falta de conhecimento sobre a sua identidade, como a "sereia de Brighton".
A trama alterna entre a actualidade, e os acontecimentos ocorridos ao longo do tempo, desde há 25 anos atrás, numa noite em que duas adolescentes, Nell e Jude, que não deveriam andar na rua àquela hora, dão de caras com um cadáver, na praia.
Após comunicarem às autoridades o sucedido, as duas adolescentes que, à partida, poderiam ser consideradas como testemunhas, são tratadas como culpadas, como "galderiazinhas", pela polícia, que as tenta intimidar e fazê-las confessar o que quer que estejam a esconder.
Racismo, violência física e psicológica, discriminação, bullying, abuso de autoridade. Tudo isto ocorre a partir de então, com Nell e toda a sua família, destruindo-lhes a vida.
Entretanto, Jude desaparece misteriosamente. Vão surgindo muitas outras mulheres assassinadas, mas nenhuma delas é Jude. O que lhe terá acontecido?
No ano em que se celebra o 25º aniversário sobre a morte da "sereia de Brighton", Nell está entre a espada e a parede, com o tempo contado para descobrir o que realmente aconteceu, sob pena de a vida da sua família, entretanto refeita, poder vir a desmoronar-se novamente.
Por outro lado, há quem não queira ver o mistério resolvido, e esteja disposto a tudo para que Nell fracasse nessa missão, eliminando todos os que, de alguma forma, puderem contribuir para a descoberta da verdade.
Uma história cheia de surpresas, de segredos, de mistério, numa contagem decrescente para a grande revelação, se chegar a acontecer...
Mais uma vez, este enredo prova que até as pessoas mais próximas de nós podem esconder-nos segredos, e que nunca chegamos a conhecer, verdadeiramente, algumas delas.