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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Ai, a minha memória

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Estou eu sentada, a aguardar a minha vez de ser atendida, na Conservatória do Registo Civil, quando entra um homem com uma senhora mais velha a acompanhá-lo.

O dito homem fixa o olhar em mim, com um ar muito sério, que me incomoda. Depois lá se distrai com outra coisa mas, uns segundos depois, volta a olhar e começa a dirigir-se a mim. Penso para com os meus botões "estarei bem aqui"?

Olho, e o homem começa a dizer que me conhece. Fico admirada. Não me lembro de alguma vez o ter visto.

Diz que foi há uns 15 ou 16 anos atrás. A mãe diz que foi há mais. Diz que me conhece da escola, por isso a mãe tem razão. Ainda assim, não me lembro. Pergunto-lhe o nome. Mas o nome não me diz nada. Pergunto-lhe se éramos da mesma turma. Diz que não. Que me conhece só de vista.

Uau, que grande memória, digo eu. Quem me dera ser tão boa a recordar pessoas e caras. A minha fraca memória já me valeu alguns embaraços.

Este homem, fiquei a saber pela mãe, teve um acidente aos 22 anos (tem agora 36), e esteve em coma um ano. Do acidente para a frente, nada fica na memória dele. Mas lembra-se de tudo o que aconteceu antes. E, ao que parece, também de mim.

Já eu, fiquei na mesma.

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