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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Aqueles momentos em que somos esmagados pela realidade

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Por muito que conheçamos a realidade, sempre que a olhamos de frente, o impacto é esmagador...

Aqui na nossa família, toda a gente tem problemas de visão: mãe, pai, eu, o meu marido e, como não poderia deixar de ser, a minha filha, cujo pai também sofre do mesmo mal.

 

Mas ela não precisava de herdar da forma como herdou, os nossos problemas.

Desde pequena que andámos em consultas, com alguns especialistas recomendados, e a resposta foi sempre a mesma: não vê nada do olho direito, tem uma miopia muito forte que a impede de utilizar esse olho, não vale a pena operar, porque não iria devolver a visão de forma satisfatória, seria somente por questões estéticas, tem que poupar o olho esquerdo...

 

Embora isto cause, por vezes, problemas de autoestima, por ter aquele olho ligeiramente mais fechado e com um pequeno desvio, aceitou bem o facto de usar óculos e, hoje em dia, até prefere ver-se com eles do que sem eles (pelo menos nas fotos).

Estamos meses a fio sem falarmos nisso ou sequer nos lembrarmos, no nosso dia-a-dia, a não ser quando está na altura da consulta anual, mas sem stress. 

 

Ontem, ao falarmos acerca da operação do meu pai, lembrei-me de ver em que ponto estava a visão dela. Tapando o olho que não vê, com o outro vê perfeitamente.

Tapando o olho saudável, a cerca de metro e meio de mim, dizia que via uma mancha negra. Não conseguia ver a minha mão no ar. Desviando um pouco, conseguiu ver a mão, mas não distingiu os dedos.

 

E é esmagador quando encaramos a realidade de frente, aquela que sempre soubemos que lá está, mas a que tentamos não dar importância, porque há coisas muito melhores a valorizar. Por muito que saiba como são as coisas, o impacto é sempre enorme. 

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