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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Are You With Me?

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Olhei para o título deste livro, e a primeira coisa que me veio à cabeça foi a música dos Lost Frequencies!

E, de facto, a sinopse faz referência a este remix. Mas só quando comecei a ler percebi o quanto ele significava para as personagens, especialmente, para a Raquel e o Eduardo.

 

 

A história começa com quatro casais que regressam de umas férias em Madrid: Joana e Miguel, Pedro e Inês, Francisco e Anita, e Raquel e Eduardo.

Raquel é directora de marketing numa cerâmica e Eduardo um legionário licenciado em Tecnologia de Informação, que passou a exercer mais tarde funções nos serviços Secretos em Paris. Juntos há 3 anos e com encontros programados mensalmente, aos fins de semana, umas vezes no Porto, outras em Paris, sentiam-se bem com a vida que tinham, e estavam até a pensar ter um filho, que iriam conceber nas próximas férias, marcadas para o México, no ano seguinte.

Era este o desejo deles quando, com quase um ano de antecedência, marcaram férias neste país:

 

"I wanna dance by water 'neath the Mexican sky

Drink some Margaritas by a string of blue lights

Listen to the Mariachi play at midnight

Are you with me, are you with me?"

 

O que Raquel não esperava era que o Comandante Guilherme viesse pôr em causa a sua relação com Eduardo, e virar a sua vida do avesso. Ao contrário de Eduardo que, com uma capacidade fenomenal para ler pensamentos, prever o futuro e adivinhar o que ia na cabeça de Raquel, e um sexto sentido apuradíssimo, a advertiu vezes sem conta para o perigo que corria.

Desde que a sua namorada tinha metido conversa com Guilherme no aeroporto, na viagem de regresso a Portugal, que Eduardo lhe dizia constantemente "Confio em Ti", como se soubesse que Raquel estava prestes a traí-lo.

E foi mesmo o que acabou por acontecer. Raquel deitou ao lixo 3 anos de uma relação, para viver uma nova vida com Guilherme.

 

 

Tudo parecia estar a correr lindamente mas, na verdade, só nos damos conta daquilo que perdemos, e do valor daqueles que perdemos e do que tínhamos, quando os perdemos.

Nessa altura, pode ser tarde demais para voltar atrás, para querer de volta aquilo em que não acreditámos, para recuperar aqueles que amamos.

Terminada a relação com Guilherme, Raquel volta a encontrar-se com Eduardo na tão desejada viagem ao México, onde terão que partilhar o mesmo quarto, e conviver com os outros casais apaixonados, e seus amigos e companheiros de aventuras.

Não será fácil para nenhum dos dois. Raquel quer que Eduardo a perdoe, e que voltem a estar juntos. Mas será ele capaz de esquecer o que Raquel fez? Poderá ele confiar novamente numa mulher que passou numa questão de dias, de uma simples conversa para a cama de outro homem? 

Será que os desejos de Eduardo, presentes na versão original da música, de Easton Corbin, se irão concretizar:

 

"I wanna fly so high that I'll never come down

I wanna love so hard, it could rip my heart out

I wanna get so lost that I'll never be found

Are you with me? Are you with me?"

 

Desta vez, estás mesmo com o Eduardo, Raquel?

 

É isso que vão ter que descobrir quando lerem este livro que me parece ideal para acompanhar os leitores neste verão, e nestas férias!

 

 

Desta obra destaco a capa, simples mas apelativa, e a escolha do título - dois ingredientes que, por si só, já fazem com que os leitores se interessem por ele.

E, depois, não posso deixar de destacar a forma como a autora abordou a traição da Raquel, as suas dúvidas em relação ao que sentia pelos dois homens, os perigos das relações à distância.

É certo que quando se ama, não se trai, e não é por o(a) nosso(a) companheiro(a) se ausentar umas semanas que os sentimentos deixam de existir. Não existe justificação para a traição, mas a verdade é que ninguém está livre de situações que os ponham à prova, e nunca se pode dizer que "desta água não beberei".

Mais do que julgar atitudes erradas, é importante perceber o que levou a que elas acontecessem. E, se ainda houver alguma hipótese de recomeçar, melhor! 

 

 

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