Começar o dia às cabeçadas!
E não, não fui eu que andei às cabeçadas à parede, nem aos móveis, de tanto sono que tenho!
Nem tão pouco andei a lutar logo pela manhã.
Foi mesmo a D. Amora que resolveu, no momento em que me ia baixar para pegar nela, dar um impulso e saltar para a cadeira da entrada. A minha cara estava no caminho. Deu-me uma cabeçada no lado direito, entre o osso e o olho, que fiquei a ver estrelas!
E ela, coitada, também não deve ter ficado lá muito bem, com aquela cabecita pequenina a bater em mim.
Isto tudo, para subir para a cadeira e, da cadeira, para o poleiro mais alto, para estar à janela. A Amora é assim. Mal nós começamos a pegar nela, já ela dá balanço para chegar mais longe, mais alto, mais rápido!
Só que depois, por vezes, acontecem estes acidentes. No outro dia o balanço foi tal que me ia saltando dos braços para o chão.
Eu bem digo que ela acha que é um pássaro, e tem o poder de voar!