Como perder ou ganhar um cliente num minuto
(O Lapa - Imagem Pedro Almeida)
Ontem fomos dar um passeio aqui pela zona, e parámos na praia de S. Julião.
Fomos até ao café que ali há. Não tinham serviço de mesa, pelo que fomos ao balcão, onde um rapaz nos deu a ementa para vermos o que tinham. Entretanto, foi uma mulher que nos atendeu e recebeu o pedido. O meu marido pediu uma tosta, um sumo e um café.
Depois de avisar alguém na cozinha para fazer a tosta, coloca o sumo e o café no tabuleiro.
O meu marido diz que o café era só para beber depois.
A mulher, do alto da sua arrogância, pergunta: "Disse-me alguma coisa?"
Responde o meu marido: "Tem razão. Peço desculpa. Também não lhe disse nada. Podia ter dito."
E ela continua: Se não me disse nada, como quer que eu adivinhe."
O meu marido: Pois. Mas é que o café era mesmo para depois da tosta."
A mulher: "Então e eu adivinho?!
O meu marido: "Pensei que deduzisse que primeiro comia a tosra, e só depois bebia o café."
A mulher, a gozar connosco: "Então, mas quer que guarde aqui o café?"
O meu marido, já passado: "Olhe, deixe estar. Já não quero nada!"
E saímos de lá para fora.
A senhora não queria perder o dinheiro do café, nem servir outro depois. Acabou por perdê-lo na mesma, e perdeu o resto do dinheiro que ainda poderia fazer!
É assim que se perde um cliente, num minuto.
Continuámos caminho, e parámos num outro café - O Lapa - que por ali havia. Não tinham caracóis.
O senhor, muito simpático, indicou-nos um outro café, mais à frente, que servia, e explicou-nos como lá chegar. Também nos deu indicações sobre onde ficava o lago dos patos que andávamos à procura.
Agradecemos e saímos. Comentei com o meu marido a diferença entre um atendimento e outro, e que o senhor não tinha obrigação nenhuma de nos ter dito nada, sabendo que ia perder dinheiro para outro.
O meu marido decidiu voltar atrás, esquecer os caracóis, e comer um belo prego no pão, muito bem servido!
E, assim, com simpatia, e sem ganância, se ganha um cliente num minuto!