Das barreiras que erguemos...
Não raras vezes, ao longo da nossa vida, criamos determinadas barreiras.
Nomeadamente, em relação a pessoas que conhecemos, e/ ou com quem temos que lidar, ou conviver.
Seja porque, simplesmente, não fomos com a "cara" da pessoa, seja porque não nos agrada, por um qualquer motivo.
Mas temos que perceber que qualquer barreira funciona nos dois sentidos!
Se não nos damos a conhecer, a outra pessoa também não mostrará tal vontade, nem se dará, ela própria, a conhecer.
Se não deixamos entrar para o nosso lado, a outra pessoa, esta também não fará questão de vir. Ficará no seu. Ao mesmo tempo, também não nos permitimos sair, e ir para o da outra pessoa.
Se afastamos, é óbvio que, do outro lado, também ninguém se quererá aproximar. Manter-se-á afastado.
Portanto, a determinado momento, não devemos estranhar se, do outro lado, não tivermos a melhor recepção, aceitação, empatia quando, deste lado, também não o fizemos.
Tão pouco podemos estar a exigir acções e atitudes equivalentes a uma convivência normal, quando fizemos questão de, logo à partida, dar a entender que isso nunca aconteceria.
Se pararmos para pensar, percebemos que reagimos da mesma forma quando são os outros a impôr essas barreiras.
Caberá, aos outros, contra quem a barreira foi criada tentar, de todas as formas que achar por bem, derrubá-la?
Ou será responsabilidade de quem a ergueu, eliminá-la?
Cabe ao outro mostrar-se digno e conquistar a confiança para que o muro seja atirado ao chão?
Ou àquele que o quer erguer, deixar, antes, a pessoa entrar e mostrar o que é, e só então decidir se a mantém por perto, ou se prefere afastar-se?