De Junho para Julho, nada mudou
Terminou Junho. Chegou Julho.
Mas, por aqui, os dias continuam iguais.
Casa/ trabalho, e trabalho/casa.
Inverno de manhã, com direito a nevoeiro e chuviscos. Primavera a meio do dia, com o sol a brilhar por entre as nuvens. Outono ao final do dia, com o vento a fazer-nos chegar depressa a casa, e aconchegarmo-nos com uma manta e uma bebida quente.
Até o verão tem receio de marcar presença.
E fazia-nos tanta falta, para aquecer a alma e o coração, que já começa a congelar, depois de quase meio ano de tempestade.
Para nos dar esperança. Ânimo. E força.
Antes que chegue, de novo, o outono, e nos pareça que foi um ano mutilado, incompleto, um ano que não se aproveitou, um ano que queremos apagar da memória, ainda que fique, para sempre, na História.