"Deixa-te Levar" e "Olá, Adeus e Tudo o Resto", na Netflix
Por vezes, a nossa vida como adultos é tão aborrecida, complicada e sem graça, que precisamos de, de alguma forma, voltar atrás no tempo, e relembrar os tempos da adolescência, das descobertas e das paixões, em que tudo era vivido intensamente, em que tudo era mais divertido, em que havia sempre aventuras...
Ou talvez não.
Auden é uma jovem que acabou por nunca viver a sua adolescência como a maioria dos seus amigos.
Uma rapariga tímida, filha de pais separados, a quem sempre foi exigido muito.
Ela bem tenta, mas parece não se encaixar.
Por um lado, parece-lhe uma farsa tentar ser outra pessoa que não é. Por outro, ser ela própria não a tem ajudado muito.
Se calhar, a solução é simples: deixar-se levar.
Eli anda por ali a vaguear na sua bicicleta.
Quer saber tudo sobre Auden, mas evita ao máximo falar sobre ele mesmo.
Eli carrega um peso demasiado pesado: a culpa pela morte do seu melhor amigo.
Talvez esteja na hora de, também ele, relaxar mais, e deixar-se levar.
Quem sabe não podem, Auden e Eli, juntos, resolver as coisas com o passado, e recomeçar uma nova etapa nas suas vidas...
Dizia a mãe de Clare, pouco perita nos assuntos do amor que, uma coisa, sabia ela:
Qualquer relação que começa já com o seu fim programado está, desde logo, destinada ao fracasso.
E, pelo menos nisso, acertou!
Clare está de volta, para passar o último ano do secundário, antes de ir para a universidade.
No dia das bruxas, ela conhece Aidan, passam bons momentos juntos e sentem-se atraídos um pelo outro mas...
Clare é bem clara: não quer namorados!
Ou melhor, ela não quer começar nenhuma relação que, depois, se arraste quando for para a universidade, e a impeça de viver todas essas fases como deveria. É algo que vem do facto de a sua mãe se ter casado muito cedo, com o namorado do liceu, e depois, passarem o tempo todo a discutir.
Clare não quer isso para ela e, como tal, ela e Aidan fazem um pacto: viver este último ano como bem lhes apetecer sabendo que, quando chegar ao fim, a relação termina e cada um vai à sua vida.
Parece fácil. Mas no que respeita a sentimentos, nada é o que parece.
Aidan desvalorizou o pacto, achando que Clare iria mudar de ideias, se realmente se apaixonassem. Clare não abdica do pacto, por muito que lhe esteja a custar, e a leve a equacionar se é a decisão certa.
Claro que dois teimosos irão chocar de frente, e dar cabo daquilo que deveria ser o final épico, a despedida perfeita.
Depois de um ano inesquecível, deixam-se, de costas voltadas um para o outro, cada um a sofrer por um amor que destruíram.
E a única forma de o salvar, é ceder. É aceitar os sentimentos, aceitar as imperfeições. Reconhecer os erros. Permitir-se amar.
Será que conseguem?