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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

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Desafio dos Pássaros 3.0 #4

Tema: Caramba, quase que conseguia! 

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Ela: - Então, vamos lá desenhar este gatinho lindo!

Gato: - Não sei se tens muito talento para o desenho, a julgar pelas tentativas que estou a ver por aí penduradas!

Ela: Oh, que encantador. Sem dúvida que sabes incentivar uma aspirante a artista!

Gato: Desculpa lá. Mas pelo menos és mais bonita que o outro fulano. E mais simpática.

Ela: Isso quer dizer que te vais portar bem, e ficar aí sossegadinho?

Gato: És louca?! Não sou nenhum bibelô. Nem um gato estátua.

Ela: Se não estiveres quieto, o teu retrato vai sair como aqueles.

Gato: Está bem. Mas deixa-me ver qual o melhor sítio onde posar.

 

E nisto começou a tentar subir para o cadeirão, mas ficou preso na manta de crochet, e lá teve ela que ir ajudá-lo.

Gato: Obrigada! Não foi lá muito boa ideia. Vou antes ali para cima. - disse, subindo para cima da mesinha.

Ali ficou durante uns minutos, até que reparou nuns frasquinhos de tinta que estavam ao seu lado. 

Ela (ao ver o que estava prestes a acontecer, apelando entre dentes): Não! Não vais fazer isso, pois não?

Gato (olhando para ela, ao mesmo tempo que esticava a pata, em câmara lenta): O quê? Isto?! - responde, atirando com o primeiro frasco, que se partiu e espalhou a tinta pelo chão.

Enquanto ela interrompia, mais uma vez, o trabalho, para tentar salvar os frascos ainda intactos, e limpar o chão, colocando os cacos dentro de um saco do lixo, o gato saltou da mesinha e passou com as patas cheias de tinta por cima da tela, deixando a sua marca naquele que deveria ser o seu retrato.

Ela: Ora bolas! Agora tenho que recomeçar.

Gato: Talvez seja melhor ficar ali no parapeito da janela. A luz do sol favorece a cor do meu pelo!

Ela: Está bem. Mas tenta ficar sossegado.

 

Ele ali ficou mais uns minutos, até que se distraiu com um mosquito, que andou a passear à sua frente, e depois fugiu, desafiando-o a ir atrás.

Quando ela levantou a cabeça, só o viu a atirar-se para cima dos seus ombros, fazendo-lhe uns valentes arranhões, que logo começaram a deitar sangue

Gato: "Caramba, quase que conseguia apanhá-lo!" 

Ela: A mim apanhaste-me, e bem! Isto está bonito, está. Não bastava as marcas de tinta, agora também há manchas vermelhas. 

 

E, pegando numa nova folha, fez mais uma tentativa agora que ele, cansado, se tinha deitado aos seus pés.

Fez o melhor que conseguiu mas, ao observar a sua obra, achou que lhe faltava qualquer coisa e, de súbito, teve uma ideia.

Pegou na tesoura, fez uns recortes e colagens e, só então, emoldurou o retrato.

Gato (com um olho meio aberto, ao ver o resultado final): "Ora, ora! Esmeraste-te! 

Ela: Gostas?

Gato: Não está mauzito! - disse, dando-lhe uma turra.

Ela: O mérito é teu, Manjerico! - respondeu, fazendo-lhe uma festinha, ao mesmo tempo que segurava o retrato dele, rodeado de patas coloridas e salpicos vermelhos!

 

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