E é a estes médicos que estamos todos entregues!
Sábado à noite tivemos que ir ao atendimento complementar de Mafra.
Estavam dois médicos de serviço. Não estava tanta gente como da última vez.
Esperámos um pouco.
Chamaram 3 pessoas, a última da qual a minha filha. Entrámos.
Disseram-nos para aguardar numas cadeiras que estão no corredor dos gabinetes.
A médica chama a primeira pessoa.
Nós, e um outro senhor, que estamos ali sentados à espera, conseguimos ouvir a conversa quase toda do gabinete médico. A porta nem estava bem fechada e, volta e meia, batia.
Por ali, meio perdida, andava também uma adolescente que tinha sido chamada antes. O médico não estava no gabinete e, quando finalmente chegou e ia atender a utente, a colega chama-o para pedir uma opinião.
Lá foi, por fim, atender a utente que já estava à sua espera, deixando a porta totalmente aberta, o que não ajuda à privacidade do utente que está a ser consultado.
Entra, passado um pouco, o utente seguinte no gabinete da médica.
A forma como ela "impingiu" a vacina da gripe e uma "injecção" em vez de comprimidos, para resolver o problema do senhor, fez-me lembrar uma daquelas campanhas em que nos tentam vender um produto ou serviço.
Chegou a nossa vez. O médico perguntou o que se passava. A minha filha explicou.
Nem sequer a analisou. Fez logo o diognóstico, e começou a passar a receita. Perguntou duas vezes se ela era alérgica a algum medicamento. Fora isso, não houve mais conversa.
Pelo meio, ligou para a colega para confirmar a partir de que idade se podia tomar o medicamento "x".
Receitou antibiótico, e ibuprofeno.
Este segundo, de tantas vezes que já me receitaram medicamentos para o mesmo problema, foi a primeira vez que vi um médico passar receita.
Parecia estar zangado com o teclado, tal a força com que batia nas teclas.
Ah, e só por curiosidade, ambos os médicos eram brasileiros. Ao que parece, é cada vez mais difícil apanhar um médico português neste serviço. Embora o profissionalismo e conhecimento não se meçam pela nacionalidade dos médicos.