É o que dá meter-me nestas coisas
No meu quintal, na zona onde tenho o estendal, as ervas crescem enquanto o diabo esfrega um olho.
Nos últimos tempos, já eu tropeçava nelas, e já a roupa andava sempre lá a roçar.
Era para ter arrancado tudo no fim de semana no ciclone, antes de saber que ele vinha. Adiei a tarefa.
Calhou no passado fim de semana.
Munida apenas com sacos do lixo, e uma faca, lá fui eu, dar início aos trabalhos.
Enchi dois sacos com ervas (e isto só do lado do estendal).
Fiquei com as unhas pretas. E um pico espetado no dedo!
É o que dá meter-me nestas coisas, sem estar devidamente equipada.
À noite, lá andei eu a tentar extrair o dito cujo, sem espatifar o resto do dedo.
Mas também vos digo: foi tão produtivo como uma ida ao ginásio, dada a dor que tenho nos músculos todos!
E agora sim, consigo andar por ali à vontade, sem rasteiras herbáceas, e sem roupa enfeitada.


