Fate: The Winx Saga, na Netflix
Durante alguns anos, a série de desenhos animados Winx Club foi uma das favoritas da minha filha e, como tal, acabei por acompanhá-la também.
Temos em casa um DVD com músicas da série, que ainda cantarolamos quando nos lembramos, e outro com um filme de animação baseado na série.
Foram anos de revistas sobre as Winx, e vários brindes, como malas, chinelos de praia, calções.
Foram anos de pratos, copos, guardanapos e saquinhos de ofertas nos aniversários da escola, das Winx.
E um bolo de aniversário, acompanhado das 6 fadas pertencentes ao clube.
Portanto, éramos fãs!
Agora, chegou a série à Netflix - Fate: The Winx Saga.
Já não são desenhos animados.
São pessoas reais. Num mundo mais real, ainda que a magia permaneça.
Não é uma recriação exacta da animação. Apenas foram buscar alguns pontos essenciais.
Tudo o resto é diferente.
Não existem as Trix, apenas uma Beatrix, que ainda não sabemos bem que papel desempenhará ao longo da série.
A Flora deu lugar à Terra, sua prima. Não existe a Tecna, para já. Mas a Aysha/ Layla está presente.
Tal como a directora de Alfea, Faragonda.
A história começa com o ataque de um "queimado" a um humano, que passa, por acidente, a barreira que separa os dois mundos. E com a chegada de Bloom a Alfea, onde irá estudar e aperfeiçoar os seus poderes, que estão fora de controlo, e que quase mataram os seus pais.
É aí que Bloom descobre que é uma "trocada", que os seus pais são apenas adoptivos, e que, na verdade, não sabe nada sobre si ou a sua família verdadeira sendo que, quem parece ter as respostas, não mostra muita vontade de lhas dar.
E, como sabemos, é mais fácil desconfiar de quem nos oculta informações, ainda que "para o nosso bem", do que de quem nos dá respostas, mesmo que as intenções não sejam, de todo, as melhores.
Assim, enquanto Farah e os restantes professores tentam conter a ameaça que os "queimados" representam para aquele reino, para a escola e para os alunos, Bloom tenta descobrir mais sobre o seu passado, e nem sempre se alia a quem deve. Por outro lado, parece não haver outra alternativa. As suas amigas não querem ajudar, chegando mesmo a traí-la, e se a directora e os professores lhe escondem informações, e ocultam a verdade, porque deverá ela aceitar, e ficar por ali?
Mas não é só a Bloom que tem problemas para resolver.
Stella está farta do controlo da mãe sobre si, e do peso da expectativas que caem sobre os seus ombros, como herdeira da Rainha da Luz.
E Sky terá que lidar com aquilo que foi "programado" para ser, e aquilo que ele realmente deseja ser, entre o que os outros esperam de si, e o que ele espera de si próprio. Entre pensar primeiro nos outros, ou em si. Terá ainda que lidar com revelações do seu passado, que terão repercussão no presente e futuro.
Confesso que as personagens que mais gostei foram a Musa e a Terra. A Stella e a Bloom estão enfadonhas ao início. A Aysha, irritante.
A Beatrix também está muito bem conseguida, e mexe com toda a história.
A primeira temporada tem apenas 6 episódios. Vê-se num instante, e na boa!
Agora é esperar pela próxima temporada