Fica por Perto, na Netflix
Esta é uma daquelas séries que comecei a ver por acaso, por não me apetecer ver mais nada do que tinha na minha lista.
Pensei "vejo o primeiro episódio, e logo se vê".
E vi. O primeiro, o segundo, e por aí fora. Fiquei viciada!
Há muito que uma série não me prendia assim, e me fazia querer ver episódio atrás de episódio!
Confesso que é provável que tenha que vê-la uma segunda vez, porque é tanta coisa a acontecer ao mesmo tempo, que uma pessoa fica um pouco confusa e com algumas dúvidas.
Mas é uma série que tem sempre algo novo a revelar, outro segredo para descobrir.
Cada personagem, que nos é apresentada, nos parece suspeita. E, mesmo quando desconfiamos ou temos mesmo a certeza de algo, fica a questão "com que objectivo?". Não parece fazer sentido.
Até mesmo no último episódio, quando tudo é finalmente descoberto, e esclarecido, e todos podem seguir a sua vida normal, uma última revelação mostra que, afinal, "todos temos segredos". E quando pensavam que já não havia mais nada a esconder, acabam por ficar presos num novo segredo.
Tudo começa com o desaparecimento de Carlton Flynn, 17 anos depois do desaparecimento de um outro homem - Stewart Green, o que leva a considerar a hipótese de, de alguma forma, ambos estarem relacionados.
Descobrimos também que Megan, num passado distante, era Cassie, e poderá ter matado Stewart tendo, depois, fugido e assumido uma nova identidade.
Agora, ela está noiva, tem três filhos, e uma vida nova. Mas alguém do seu passado encontra-a, e avisa-a de que Stewart Green poderá não ter morrido, e estar de volta, para ajustar contas com Cassie, pondo em perigo toda a sua família, e tudo o que construiu.
À medida que a investigação vai sendo feita, e que Cassie começa a procurar respostas, várias outras personagens do seu passado vão surgindo, como Ray, o noivo que ela deixou sem qualquer explicação, e que ainda não a esqueceu, ao fim de todos aqueles anos.
Posso dizer que passado e presente, não estando propriamente, relacionados, acabam por estar, simultaneamente, interligados.
E, agora, é Kayleigh, uma das filhas de Megan (Cassie), que parece estar envolvida no mais recente desaparecimento.
No entanto, muitos mais crimes vão sendo desvendados - um por ano, sempre na altura do Carnaval - e cabe a Broome descobrir quem matou quem, e o que aconteceu há 17 anos atrás.
No meio de todo este enredo, só houve uma parte que achei que destoava, e não tinha muito a ver - a dupla Ken e Barbie.
Adorei a personagem Harry!
Gostei do detective Broome, do seu profissionalismo, das suas expressões faciais tão peculiares, e da forma como vive o seu romance com Lorraine, uma mulher que está com cancro terminal, mas quer aproveitar da melhor forma o tempo que lhe resta.
Compreendo que, dado tudo o que aconteceu e o rumo que as suas vidas levaram, fosse algo impossível, mas torcia para que a Cassie e o Ray voltassem a ficar juntos.
Quem sabe, numa outra vida. Ou numa nova temporada...