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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Get Even, na Netflix

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O que une quatro adolescentes que, à partida, não são amigas, nem aparentam ter qualquer afinidade entre elas?

Uma causa comum: acabar com as injustiças num mundo e, particularmente, numa escola, onde estas são a realidade, e a norma.

O grupo é então baptizado de DGM (Don’t Get Mad), já que o lema é “we don’t get mad, we get even”, ou seja, “nós não ficamos irritadas, nós vingamo-nos”.

 

E é isso que vão fazer, a todos aqueles que, de alguma forma, foram injustos, ou agiram de forma maldosa ou vergonhosa. Só que, logo no início, as coisas complicam-se, um adolescente e colega de escola morre, e o grupo é o principal suspeito.

 

Esta é uma série que foi buscar ideias a Control Z, Elite e até PLL, mas muito inferior a qualquer uma delas.

Valem os episódios curtos, de cerca de 25 minutos cada um, e um total de 10 episódios, que se acompanham bem mas que, em nenhum momento, nos tiram o fôlego, criam muito suspense, ou nos deixam boquiabertos com o final.

 

Esquecendo a parte do crime e da vingança, há outros conteúdos que se podem destacar e que, apesar de não muito aprofundados, contribuem com alguns pontos para a série.

 

Bree

É a minha personagem favorita. Filha de pais ausentes, com uma mãe que a abandonou e ao marido, e um pai que passa mais tempo a trabalhar do que em casa Bree tenta, à sua maneira, chamar a atenção do pai para a falta que a sua presença e o seu apoio fazem na sua vida.

Infelizmente, o pai parece não perceber o que está a acontecer, limitando-se a livrar a filha de problemas, e deixar-lhe dinheiro em cima da bancada, sem conseguir ter uma única conversa com ela.

Até porque, dada a ausência e falta de orientação, o pai não tem qualquer moral para condenar o que quer que seja e, a cada “pedido de socorro” atirado pela filha, ele ignora e cala-se.

 

Kitty

Kitty acha que tem que ser boa em tudo.

Mas veio para uma escola em que ser-se bom não significa conquistar aquilo que é merecido.

Outros valores (ou falta deles) falam mais alto.

Por receio que os pais fiquem decepcionados consigo, ao não ter sido escolhida para capitã da equipa de futebol, Kitty mente-lhes, até criar uma situação em que acabará por se tornar ela capitã.

Por culpa, após ter deixado a sua amiga numa noite de festa sozinha com um rapaz, por querer, ela própria, sair com outro, Kitty vai fazer de tudo para se vingar de quem fez mal à sua amiga.

Por necessidade de conseguir uma bolsa de estudos, Kitty quase não vive, dedicada que está aos estudos e aos treinos, mas o seu objectivo está cada vez longe de se concretizar.

 

Olívia

Olívia é a adolescente de classe média, que perdeu o pai há uns anos e vive com a mãe, que trabalha para poder pagar as contas e dar uma vida decente à filha.

As propinas da escola que frequenta são pagas pela avó, mas quem a transformou aos poucos na menina bonita e rica, foi Amber.

Ambas têm namorados. E ambas têm problemas com os quais não conseguem lidar.

Amber acha que o dinheiro compra tudo, até a amizade e o amor, e que quem vier a pertencer ao seu círculo restrito tem que ser como ela.

Olívia vai demorar a perceber que Amber é uma pessoa mesquinha, fútil, maldosa, e que não quer isso para si.

E é assim que se vai aproximando de Bree, Kitty e Margot.

 

Margot

É a nerd do grupo, com dificuldades em socializar e fazer amizades.

Prefere isolar-se no seu espaço até porque, das poucas vezes em que ousou achar que poderia ser diferente, acabou por ser traída e gozada.

Mas, a determinado momento, alguém lhe vai dar a força necessária para lutar contra os seus medos, e contra quem a quer rebaixar.

E o amor vai mesmo bater-lhe à porta.