Há males que vêm por bem?
Nem todos, certamente!
Mas, neste caso, até se aplica.
É certo que, evitando a exposição ao sol, em horas impróprias, e por longos períodos, poderia ter reduzido, em grande escala, o risco de vir a desenvolver cancro. Ainda que não fosse garantido.
É certo que a pouca preocupação com essas coisas, ao longo da vida originou, agora, a doença.
Mas foi graças ao "menor dos males" que se detectou, a tempo, o mais grave deles, e mais silencioso.
Que iria continuar a expandir-se, a desenvolver-se, a crescer e, daqui a uns tempos, a espalhar-se para outros órgãos, sem ninguém dar por ele.
Foi por causa de uma simples mancha, que afinal era um carcinoma, que fui à consulta de dermatologia.
E foi nessa consulta que surgiu a suspeita, sobre um sinal, que poderia ser melanoma.
Feita a cirurgia, e analisadas as excisões de pele, confirmou-se a suspeita: melanoma.
Felizmente, numa fase inicial, e sem necessidade de voltar a operar, nem fazer qualquer outro tipo de procedimentos ou exames.
Quase se pode dizer que um surgiu, para alertar para o outro.
Quanto à terceira suspeita, não se confirmou. Era apenas um sinal normal.
Que acabou por ser a excisão que mais trabalho me está a dar!
Mas, na dúvida, tinha que ser tirado...
Agora é tempo de respirar de alívio, porque os estragos provocados foram travados, e resolvidos a tempo.
Como ouvi ontem alguém dizer "Quanto tudo parece desmoronar, às vezes, há coisas que se encaixam."!