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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

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Histórias Soltas #19: Perdidos no espaço

Como funciona o lançamento de um foguete - Brasil Escola

 

Se há muita gente que gostaria de fazer parte de uma tripulação, enviada numa nave espacial, para descobrir mais sobre o universo, outras há que preferem ter os pés bem assentes na Terra!

Mas, claro, fica sempre aquela curiosidade...

Foi essa curiosidade que levou a que se criasse uma espécie de simulador avançado que recria, de forma muito aproximada à realidade, uma viagem espacial, desde o lançamento do foguetão, até à sua estabilização, para lá da Terra, em pleno espaço, e o respectivo regresso ao nosso planeta.

Era a mais recente atracção a nível de realidade virtual, e das mais procuradas, naquele momento.

E era para lá que se dirigia aquele grupo de amigos que, sem marcação, arriscou ir na mesma, esperando poder viver a experiência de que tanto ouvira falar.

 

A atracção situava-se junto à agência espacial, para imitar o mais possível um ambiente real.

À chegada, tiveram que esperar para ver se haveria alguma hipótese de entrar, uma vez que tinham decidido em cima da hora.

 

Enquanto isso, numa outra sala...

- O que te parece?

- Agora? 

- Porque não? Temos tudo preparado. Eles querem. E nós podemos fazê-lo.

- Sim... Parece um bom grupo. Ok. Avança, então. Mas dá-lhes o treino prévio. 

 

De volta à recepção...

- Podem entrar. Como não têm marcação, vão fazer a experiência no nosso simulador extra, que fica do outro lado. O meu colega já vos vem trazer os fatos, e dar todas as indicações.

 

E, assim, devidamente equipados, dali a meia hora, lá estavam eles, animados e ansiosos, a bordo da nave espacial, prestes a viver uma experiência inesquecível.

A adrenalina começou assim que ouviram a contagem decrescente, e sentiram o impacto dos propulsores a impelir o foguetão.

De repente, já não estremeciam. Já não sentiam a velocidade. Estavam em órbita. A vista, quando se atreveram a olhar para fora, provocava-lhes uma certa claustrofobia mas, ao mesmo tempo, era de cortar a respiração.

O técnico que lhes deu o treino tinha dito que iriam andar por ali cerca de uma hora, antes de regressarem, pelo que aproveitaram ao máximo para apreciar o que iam vendo.

Não tinham, propriamente, uma noção do tempo. Todos os seus pertences, incluindo relógios e telemóveis, tinham ficado guardados num cacifo.

Mas, a determinada altura, começou-lhes a parecer que já estaria na hora de voltar. Só que não havia sinais de que isso fosse acontecer.

Um dos amigos lembrou-se de accionar os comandos de comunicações, que lhes tinham sido indicados, e tentar perceber o que se passava.

 

Foi, então, que ouviram a voz daquilo que lhes parecia um assistente virtual:

"Bem vindos a bordo da Futurex! Daqui a 260 dias chegaremos a Marte, completando a missão que teve início hoje! Em que vos posso ser útil?"

- Estão a brincar, certo?

- Isto ainda faz parte da experiência, de certeza!

- Podes levar-nos de volta? - perguntou, um deles, ao assistente.

- A programação só permite o retorno daqui a 300 dias.

- E como se reprograma? - voltou a perguntar.

- Não é possível reprogramar sem os códigos de acesso.

- E quem tem esses códigos?

- O centro operacional, de onde acabámos de partir.

- Como podemos comunicar com o centro de controlo?

- A nave só permite recepção de comunicações, não o envio. 

- E não há outra forma de contornar a questão dos códigos?

- Sim, pode-se fazer reprogramação manual. Mas, aí, o centro operacional deixa de ter controlo, e estão por vossa conta.

E a comunicação desligou automaticamente. Estavam entregues a si próprios. Se o arrependimento matasse...

 

Uma semana depois, na Terra, passava na televisão:

"Continuam desaparecidos quatro jovens, entre os 20 e os 25 anos, sem ter deixado qualquer rasto. Foram vistos, pela última vez, nesta estrada, mas até agora não foi possível encontrar o veículo, nem qualquer outra pista...." 

 

 

E agora, que final decidiriam para esta história?

1 - Seria mesmo uma experiência da agência espacial, que utilizou os jovens como cobaias, tal como já tinha feito outras vezes.

2 - Tudo aquilo faria ainda parte da experiência virtual, e acabaram por perceber isso dali a poucos minutos.

3 - Não passou tudo de um pesadelo!

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