Indesculpável, na Netflix
Há mais de dois meses que me deparei com o anúncio deste filme e, mal vi o trailer, entrou para a minha lista de filmes a ver, quando estreasse.
Um crime.
Um mistério.
Uma assassina que se declarou culpada e afirma, com todas as letras, que matou um polícia intencionalmente e que, depois de cumprir a sua pena, se vê a braços com uma sociedade em que não há lugar para ex presidiários.
Uma criança que, na sequência desse assassinato, foi adoptada, e nunca mais teve qualquer contacto com a irmã. Irmã esta que, após a saída da prisão está, inclusive, impedida de se aproximar.
Uma vez assassina, para sempre assassina - parece ser o entendimento das pessoas com quem Ruth vai lidando e encontrando cá fora.
A história poderia centrar-se na reinserção de Ruth na sociedade, nas dificuldades, na falta de apoio, no preconceito.
Poderia abordar os motivos que levaram ao crime, justificando, ou não, o mesmo.
E a luta de Ruth para retomar o contacto com a irmã, 20 anos depois de a ter deixado, considerando os desejos e vontades de ambas as partes.
Mas quiseram acrescentar uma vingança: a dos filhos do polícia morto, que não vêem com bons olhos a libertação da assassina, e que irão querer fazer justiça pelas próprias mãos, escolhendo como alvo a irmã desta.
Tendo em conta o elenco, e a premissa, tinha tudo para ser um bom filme.
Não foi.
Teve um início secante e confuso, um enredo pobre para demasiado tempo de filme, e um final muito aquém das expectativas.
Embora, por uma ou duas revelações, e pela actuação da protagonista, tenha valido a pena ver o filme, esperava muito mais.