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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Ir à praia em tempo de pandemia

Itália: empresa cria barreiras divisórias para praias e ...

 

Eu sei que nós, humanos, reclamamos muito, nem sempre aceitamos bem a mudança, nem sempre reagimos bem às adversidades, mas temos uma infinita capacidade para nos adaptarmos, assim sejamos obrigados, ou queiramos fazê-lo.

 

De certa forma, é essa a grande prova que temos vindo a superar com a quarentena, o confinamento, o teletrabalho, e todas as medidas que temos que seguir naquilo que nos é essencial.

 

Com o progressivo desconfinamento, começam também a vir as regras e recomendações para os espaços de lazer que, não sendo essenciais, acabam por também fazer parte da nossa vida e contribuir para o nosso bem estar.

 

A praia, é um desses locais.

Mas, confesso, não sei se estarei preparada para usufruir da praia, algo que é suposto libertar, descontrair, relaxar, em tempo de pandemia, com todas as limitações inerentes.

É certo que adoro a praia, adoro um bom banho de sol e um bom mergulho, mas seria um pouco assim:

- apanhar autocarro e fazer o percurso com máscara

- sair do autocarro, tirar a máscara

- chegar à praia e ver como está a lotação (em dias normais, é tipo sardinha em lata, por isso, o mais certo é já estar cheia)

- se houver espaço, ver por onde devemos seguir para lá chegar; se não, procurar outra praia da zona, que esteja disponível (se não houver, fizemos a viagem em vão, e voltamos mais cedo para casa)

- tentar medir a distância a que ficamos, de quem já lá estiver, seja no areal, seja no mar

- depois, é a constante preocupação com o possível contágio, por quem se aproxima mais do que deve, por quem espirra ou tosse ali perto, 

- é o não se poder usufruir da praia na sua totalidade, e com a liberdade que gostaríamos

- no final, voltar a colocar a máscara, para apanhar o autocarro e voltar a casa

 

Até pode correr tudo bem.

Até me posso vir a habituar.

Até posso não resistir a ir, nem que seja para dar um mergulho e vir embora, em horários que antes não fazia, só mesmo pela sensação de deixar lá todo o stress, purificar, revitalizar.

Mas não é a praia que eu gosto de fazer. Não é a praia a que sempre me habituei a fazer, desde a infância.

E palpita-me que posso sair de lá pior, do que não indo.

 

Vamos ver quando chegar as férias, se mudo de ideias e me rendo a esta nova forma de fazer praia ou se, pela primeira vez, corto temporariamente relações com ela! 

 

 

 

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