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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

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Já Devias Saber...Agora É Tarde Demais

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As expressões que me vêm logo à mente, quando penso neste livro é "em casa de ferreiro, espeto de pau" ou ainda "quem tem telhados de vidro, não deve andar a atirar pedras"!

Porquê? Porque se aplica na perfeição a esta história.

Muito se ouviu falar neste thriller, e eu própria andei meses com ele na minha lista de livros a comprar, ficando sempre para trás, em parte, pelo preço elevado. 

Neste Natal, aproveitei uma promoção e lá veio ele, finalmente, para a minha mão. E digo-vos: bendita a hora em que aproveitei essa promoção, porque se tivesse pago o valor a que ele estava antes, já estava arrependida há muito tempo!

 

 

No entanto, não deixo de retirar desta história uma grande mensagem:

 

"Em vez de perdermos o nosso tempo a dar conselhos aos outros, a aplicar as nossas teorias aos outros, a tentar dizer o que é certo e errado, e o que é verdade e mentira, aos outros, façamos a nós próprios primeiro, olhemos,antes de mais, para a nossa vida.

Antes de criticar ou apontar os erros aos outros, pensemos se não estaremos nós também a errar.

Por muitos estudos que se tenha, ou prática no exercício de uma função, ninguém sabe absolutamente tudo sobre essa área. Na verdade, pode até saber muito pouco, ou não saber mesmo nada."

 

 

Grace é um bom exemplo disso. Terapeuta de profissão, Grace está prestes a lançar um livro, dedicado especialmente às mulheres, onde dá vários exemplos de sinais que elas devem ter em conta antes de assumir uma relação ou levá-la adiante, resultando depois num casamento fracassado. Ou seja, prevenir, ao invés de remediar, evitando desgaste, desilusões, discussões, e tudo o mais que implica uma relação falhada.

Grace é vista como uma mulher directa, implacável, muitas vezes, fria, que não perde tempo com floreados e vai directamente à questão, doa a quem doer, para que os seus clientes recuperem ou mudem de vida enquanto é tempo.

Até ao dia em que descobre que, ela própria, ignorou todos os sinais, se deixou cegar pelo amor ao marido, e viveu durante anos, um casamento perfeito que era uma autêntica farsa. Até que descobre que, desde o dia em que conheceu Johnathan, ou melhor, a pessoa criada por ele, viveu uma mentira, com alguém que nunca chegou verdadeiramente a conhecer. 

E agora, que moral tem Grace para dizer às outras mulheres como foram burras, como foram cegas, como se deixaram enganar, como preferiram ignorar o que estava à vista, como se deixaram levar, quando ela própria caiu nesses erros?

 

 

Quem realmente é o seu marido, e o que levou Grace a descobrir toda a verdade, é algo que podem descobrir ao ler o livro. 

Posso-vos dizer que, as primeiras 120/ 130 páginas, foram lidas com muito sacrifício, porque não conseguem cativar, com tanta descrição e informação desnecessária.

A partir daí, as coisas mudam, e comecei então a ler com outro entusiasmo. Mas, se estão à espera de mistério até às últimas páginas, não há. Cedo se fica a saber o que realmente aconteceu e, praticamente, porque aconteceu.

Vale o resto da história pelo desvendar de algumas verdades, e pelo reencontro e reconciliação com amigos e família, de quem Grace e o filho foram privados há vários anos. E pela mensagem em si.

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