Ler um livro como se fosse a primeira vez

Por vezes, acontece.
Começamos a ler um livro, com a ideia de que nunca o lemos antes, até que uma frase, um excerto, uma página, nos faz recordar que aquela história não é estranha.
Outras, sabemos que já o lemos mas, ainda assim, embrenhamo-nos nele, como se fosse a primeira vez, com um novo olhar, uma nova perspectiva, num outro tempo.
O que nunca me tinha acontecido, era ler um livro do início ao fim, e continuar convencida de que nunca o tinha lido na vida.
Aliás, quando me deparei com esta história, até fiquei surpreendida por existir, porque, tecnicamente, eu só conhecia os dois primeiros livros da trilogia.
Ontem, terminada a leitura, fui procurar a imagem do mesmo, para juntar ao post que iria escrever no blog. Como o título era brasileiro, fui pesquisar pela autora, e tentar encontrar a correspondência em português.
De "Ainda Sou Eu", passei a "O Meu Coração Entre Dois Mundos".
Só por curiosidade, lembrei-me de pesquisar nos meus posts, as resenhas que tinha feito, dos livros da autora Jojo Moyes.
E percebi que, na verdade, eu já tinha lido o dito livro, em 2018, e escrito sobre ele!
Como é possível?
É que nada me soou a conhecido. Não me lembrei de uma única cena, uma única palavra, de uma única personagem (tirando o facto de as conhecer dos livros anteriores).
Simplesmente, varreu-se-me da memória.
No entanto, como seria de esperar, voltei a adorar a história.
E a mensagem é intemporal: devemos ser, simplesmente, quem somos, e não quem os outros querem que sejamos. Se gostarem de nós, aceitam-nos como somos. Se nos querem mudar, ou moldar, não vale a pena manter essas pessoas na nossa vida.