Maldita dor de cabeça
Até já começo a adivinhar, embora muitas vezes apareça de surpresa, quando é que nos vamos encontrar as duas! Não é ali na esquina, a tocar a concertina, mas sempre que:
- tenho uma reunião de encarregados de educação na escola ao final da tarde;
- vou a um centro comercial, seja apenas para passear ou fazer compras;
- durmo mais do que é costume;
- estou em locais barulhentos (foi o caso do circo no Natal, da dancetaria na Passagem de Ano);
- ando na rua em dias de muito sol, mesmo usando óculos de sol.
Depois, é aguentá-la até ao dia seguinte. Mal consigo movimentar a cabeça sem parecer que tenho tijolos a bater lá dentro, fico tão mal disposta que nem consigo pensar em comida, não suporto a luz e só quero deitar-me sossegadinha e esperar que a manhã chegue, para a dor desaparecer.
A única coisa que me alivia, e sabe mesmo bem, é água quente constante na zona em que me dói. Se pudesse, ficava ali horas no duche, só para passar mais depressa! Mas a conta da água iria, certamente, disparar. E o gás acabar num instante!