Maratona de Freida McFadden

A vantagem de gostar de um determinado autor, e dos seus livros, é estarmos sempre à espera do próximo.
A desvantagem é que, ao lançar livro atrás de livro, e ao lermos um após um outro, o autor corre o risco de desiludir, de já não surpreender os leitores.
Já tinha lido vários livros da Freida McFadden, mas intercalados com outros.
No entanto, há umas semanas, pensei em ler os que ainda me faltavam dela. Uma espécie de maratona.
Não aconselho.
Para além de, lá está, apesar de serem histórias diferentes, começarem a ser previsíveis, parecendo mais do mesmo, só mudando os locais e as personagens, corremos o risco de ganhar uma certa paranoia de que não podemos confiar em ninguém. De que todos os que nos rodeiam podem ser potenciais assassinos, ter segundas e más intenções, serem mentirosos compulsivos e psicopatas!
Decididamente, é melhor ler algo diferente pelo meio, que corte esse efeito.
Que seja mais leve. Que nos traga pensamentos positivos. Esperança.
Depois, não posso deixar de mostrar a minha desilusão com esta autora, especificamente, com o livro "A Mulher no Andar de Cima", uma cópia barata do livro "Verity", da autora Colleen Hoover, com uns toques do seu próprio livro "A Criada".
Como se a Freida, naquele momento, estivesse sem inspiração para algo novo, e tivesse que optar por uma imitação.
Talvez, em vez de lançar tantos livros seguidos, a autora devesse fazer uma pausa, e reinventar-se.


