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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Meu santo bom deus, dai-me paciência!

 

Não sei se é do calor excessivo que tem feito por estes dias, ou já a adivinharem o frio que por aí vinha, algum vírus contagioso que anda pelo ar, ou falta de férias, mas os serviços públicos estão cada vez piores.

Já não é a primeira vez que aqui falo sobre a falta de profissionalismo de uns, e falta de jeito de outros para atender ao público, mas a verdade é que, de dia para dia, em vez dos serviços melhorarem, só pioram.

Hoje em dia, ao nos dirigirmos a um serviço público, temos que ter presente que podemos encontrar funcionários de mau humor, aos quais o dia pode não estar a correr bem, e que irão fazer de tudo para nos mandar embora dali sem termos tratado do assunto que nos levou lá ou, se insistirmos, irão fazer de tudo para nos dificultar a tarefa.

 

 

Todos sabemos a quantidade de pessoas que, diariamente, passa por um determinado serviço público. Por isso, sempre que vamos a um deles, sabemos que estamos a arriscar estar horas à espera.

Também sabemos que, hoje em dia, tudo funciona através de sistema informático e, como tal, esse é outro dos factores que pode pôr em causa a resolução dos nossos problemas. Porque se o sistema não estiver a funcionar, nada se pode fazer.

Mas, para além de tudo isto, temos também que equacionar a possibilidade de, simplesmente, não ser um bom dia para tratar dos nossos assuntos, de acordo com quem nos atende.

 

 

Apesar de já não haver uma obrigatoriedade, em alguns casos, de tratar desses assuntos na área de residência/ ocorrência dos factos, podendo os cidadãos fazê-lo em qualquer ponto do país, há funcionários que tentam "empurrá-los" para outro lado.

Apesar de quase tudo se fazer informaticamente, e na hora, há funcionários que, por implicância, se lembram de exigir impressos preenchidos à mão, só para nos fazer voltar para trás e passarem ao próximo.

Apesar de não termos qualquer culpa pelos eventuais problemas que estejam a ocorrer nesse dia, que tivemos o azar de escolher, ainda corremos o risco de ser confrontados com respostas tortas, porque cometemos o enorme erro de lhes aparecer à frente!  

 

 

Agora digam lá como se sentiriam se, depois de estarem não sei quanto tempo à espera, fossem chamados e vos dissessem para ir lá noutro dia, porque o sistema está com falhas e podem não conseguir tratar do que iam fazer (embora muitas vezes até se consiga)?

Se vos dissessem para lá ir noutro dia porque lhes dá mais jeito a eles, e que se têm urgência fossem antes?

Se estivessem a descarregar em vocês, que nada têm a ver com os problemas dos funcionários ou do serviço, a irritação ou frustração que eles próprios sentem?

Se vos dissessem que, dada a hora tardia e porque já têm outros comprimissos aos quais não podem chegar atrasados, não vos vão poder atender?

Não é fácil! Por vezes, é mesmo preciso uma boa dose de paciência, e dar um desconto, porque todos têm dias maus e não será nada pessoal. Até porque somos nós que precisamos das coisas resolvidas.

 

 

 

PS: O pior é que isto se anda a alastrar para todo o lado. Ainda no outro dia fomos almoçar fora. Chegámos cedo ao restaurante, e fomos os primeiros. Uma das funcionárias estava cá fora a fumar.

Não sei se não gostaram de ter que começar a trabalhar tão cedo, mas não estavam nos seus dias. Elas já não costumam ser simpáticas, por natureza, mas fiquei com a impressão que, pelo menos uma delas, estava mal disposta.

Já estávamos sentados há alguns minutos, e a comer as entradas, quando os meus pais chegaram com o meu tio. O meu marido, sem pensar, perguntou então se podíamos passar para a mesa do lado, que dava para todos.

A funcionária, de trombas, respondeu: "Agora?". Claro que não tinha lógica, uma vez que já tínhamos começado a usar pratos e copos, mas podia ter falado de outra forma.

Disse que o que podia fazer era juntar uma outra mesa à nossa.

Diz o meu marido "mas assim são só mais dois lugares".

Responde ela, novamente com maus modos: "Então e não tem aí um lugar vazio ao seu lado? Dá para a terceira pessoa".

Se fosse eu, provavelmente não dizia nada, mas o meu marido não se fica, e confrontou-a mesmo: "Você está mal disposta? Só está a falar mal com as pessoas. É que as pessoas armam-se em estúpidas mas eu também sei ser".

A partir daí, continuou a não mostrar simpatia, mas também não ousou mais responder com quatro pedras na mão!

 

 

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