O ensino do inglês na actualidade
Preocupa-me o ensino do inglês na actualidade.
Receio que se esteja a enveredar pelo facilitismo.
Receio que se esteja, apenas, a dar a conhecer a forma final, sem aprofundar e explicar as bases.
E que as crianças estejam apenas a memorizar expressões em inglês, sem saber o que realmente significam, ou que estejam a utilizar gramática que nem sabem para que serve, e qual o seu papel naquelas frases.
Vejo, por exemplo, alguns exercícios que a minha filha traz para fazer em casa:
“What colour is the pencil case?”
No meu tempo, respondíamos: “The pencil case is blue”. Agora, basta-lhes responder “It’s blue.”
Mas saberão eles que o “It’s” é a junção e o mesmo que ” It is”? Que o “It” está a substituir “The pencil case”? E que “is” é o verbo “ser” na frase?
Ou estarão, simplesmente, a responder assim porque foi assim que a professora disse para escreverem, e porque era assim que estava nos exemplos do livro?
De uma forma geral, a minha filha, nos seus exercícios e no manual, não utiliza “what is”, “where is”, “he is”, e por aí fora, mas sempre as expressões abreviadas, com o apóstrofo.
Nas respostas, as palavras da pergunta são sempre substituídas pelo “It”. Já não se utiliza a expressão “Thank you” mas sim “Thanks”.
E poderia dar muitos outros exemplos. Talvez seja assim o inglês moderno. Talvez até seja mais simples. Mas pergunto-me se, de facto, saberão o que estão a aprender, a escrever, e porque o fazem?