Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

O que faríamos de diferente se soubéssemos o nosso "prazo de validade"?

Il significato umano del tempo. Categorizzazioni culturali – Linda Armano

 

Aquilo que de mais certo temos na vida, é a morte.

Sabemos que ela a um dia virá.

Esperamos sempre que seja muito lá para a frente, quando formos muito velhinhos.

Ou então, nem sequer pensamos nisso. Porque não queremos sofrer por antecipação. Ou porque é algo tão certo e natural que, mesmo sem dar por isso, aceitamos como dado adquirido e passamos à frente.

 

A partir do momento em que nascemos, é accionada uma contagem decrescente, para um final que nunca sabemos quando chegará.

Mas...

E se nos fosse permitido saber?

Se nos dissessem, exactamente, quando o nosso tempo se esgotará?

O que faríamos de diferente, se soubéssemos o nosso "prazo de validade"?

O que mudaria? 

 

Deixar-nos-ia, essa certeza, mais descansados?

Viveríamos mais, e mais intensamente?

Aproveitaríamos mais cada minuto, cada hora, cada dia?

Faríamos tudo aquilo que, por norma, tendemos a adiar?

Daríamos mais importância ao que realmente importa?

Valorizaríamos mais os bons momentos?

Seríamos mais felizes?

 

Ou seria, pelo contrário, condenar-nos a uma permanente angústia?

Levar-nos a pensar constantemente no fim?

Não deixaríamos nós de viver?

Não nos entregaríamos nós à tristeza, à depressão?

Não ficaríamos nós obcecados com a nossa morte, sem aproveitar a vida?

 

Eu confesso que, por muito tentador que possa ser, saber quando chegará a nossa hora, prefiro permanecer na ignorância.

Prefiro não saber quando chegará esse momento.

Porque não saberia lidar com essa informação.

A não ser, claro, que estivesse doente e me restasse pouco tempo de vida.

Mas, numa situação normal, mais vale não saber quando o tempo se esgotará.

7 comentários

Comentar post