Para onde terá ido o ânimo?
Se os últimos dias do ano até foram relativamente pacíficos, tranquilos, diria até, felizes, o mesmo não se pode dizer dos primeiros dias do novo ano.
A verdade é que 2025 começou com muito stress, e muitos nervos.
E, claro, tudo isso se traduziu, em termos físicos, numa total falta de energia, o corpo todo dorido, e o sistema imunitário enfraquecido e desregulado.
Já para não falar da dificuldade em respirar, que não parece querer dar tréguas (e já lá vão quase 5 anos nisto).
O ânimo perdeu-se, algures, pelo caminho, e não o tenho conseguido encontrar.
Há, antes, uma certa desilusão, uma certa descrença.
Poderia culpar o inverno.
Ou o mês de Janeiro.
Poderia dizer que é da falta de sol e calor.
Mas é, talvez, e apenas, o facto de estar sobrecarregada com mil coisas ao mesmo tempo.
A resolver problemas que nem sequer são meus, mas que não posso delegar em mais ninguém.
A acudir aqui e ali, porque não sei dizer que não (embora já tenha começado a pôr em prática).
A lidar, e recuperar, de alguns sustos inesperados que, felizmente, não passaram disso.
E a digerir uma espécie de decepção que, acredito, pode vir a condicionar, ou inviabilizar definitivamente, um eventual futuro.
Sinto-me como se uma força invisível me estivesse a prender, literal e metaforicamente, os movimentos.
E não me permitisse seguir para lado nenhum.
Talvez na tentativa de me vencer pelo cansaço.
Ou na esperança de me dissuadir do que quer que seja.
Uma vida em suspenso.
À espera de um "empurrão" que, suspeito, tenho que ganhar força e coragem para, eu mesma, dar.
Quando o ânimo perdido voltar...