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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Pessoas em situação de carência não são menos que as outras

 

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Aqui em Mafra temos uma associação ou projecto de apoio social, que recebe donativos de vestuário, têxteis para o lar, acessórios e calçado, artigos para bebé, electrodomésticos, mobiliário, brinquedos e material didáctico, material informático (em estado de reutilização), produtos de higiene e limpeza, e bens alimentares, que se destinam aos residentes do concelho de Mafra, em situação de carência ou vulnerabilidade social.

O horário de funcionamento, não é muito flexível, nem alargado pelo que, normalmente, quando as pessoas vão ou vêm do trabalho, ou aos fins de semana e feriados, está fechada.

De qualquer forma, isso não é impedimento para ser solidário porque, mesmo estando a porta fechada, a entrada tem uns degraus e um espaço até à porta, onde podemos deixar lá as doações.

Assim fiz, no passado fim de semana, como é costume, mas fiquei indignada com o que vi: estavam meia dúzia de peças de roupa, simplesmente, espalhadas no degrau junto à porta. Como se fosse lixo.

Será que, à custa dos sacos serem pagos, a pessoa não quis desperdiçar um para colocar as roupas dentro? Será que não havia uma caixa onde pudesse ter posto a roupa? 

E, provavelmente, as pessoas que fazem isso são aquelas que mais exigem quando se trata da sua própria roupa. Mas, como é para os pobres, para os necessitados, para os coitadinhos que, como nada têm, qualquer coisa lhes serve, já não há problema em despejar a roupa no chão.

Pois as pessoas que, infelizmente, precisam e se vêm nessa situação não são menos que as outras. Podem não ter dinheiro, mas ainda têm dignidade. E o mínimo que merecem é respeito. Não são animais a quem qualquer trapo serve. 

Se querem doar, doem! Mas de igual para igual! Não de má vontade e com desprezo por quem não escolheu estar nessa situação, e tendo sempre em mente que um dia, quem sabe, podemos ser nós no mesmo lugar. E tenham o bom senso de, pelo menos, colocar os bens doados num saco, numa caixa, ou qualquer outra solução que os proteja, para que continuem a chegar em bom estado às mãos daqueles que irão utilizar!

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