Quando a ajuda tem o efeito inverso
Por vezes, as pessoas têm tendência a querer ajudar ou outros, sem saber exactamente a realidade da situação em questão, sem estar envolvida na mesma.
Essa ajuda traduz-se, quase sempre, por fazer o contrário daquilo que os outros fazem e que, supostamente, está a ser prejudicial a quem queremos ajudar.
Como se quisessem libertar essa pessoa, dar-lhe a liberdade, autonomia e confiança que os outros não depositam nela, limitando-a.
E se as coisas até começam a correr bem, acham-se os maiores, porque souberam lidar com tudo, sem stress, levando-as a acreditar que tudo o resto era desnecessário.
Mas esse é, muitas vezes, o grande erro porque, quando menos esperarem, a situação que provocaram pode fugir do controlo, e as consequências ser catastróficas. E, aí, onde fica a valentia, a arrogância do "afinal eu é que sei"?
Nessa altura, o pensamento muda para "afinal, não sei assim tão bem lidar com isto" ou "afinal, talvez os outros não estivessem tão errados".
Se é verdade que, por vezes, pode ser benéfico ouvir conselhos ou opiniões de pessoas que não estão por dentro das situações, e as coisas até resultam positivamente, também é verdade que, noutras circunstâncias, podem trazer uma melhoria de pouca duração,que acabará por descambar e piorar a situação.
É muito fácil formar juízos de valor e emitir opiniões. Mas quem opta por ficar do lado de fora nunca conhecerá, a 100%, aquilo que se passa no interior.