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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Quando a protecção de crianças tem o efeito inverso

 

Se tivessemos o poder de adivinhar o futuro, não cometeríamos, talvez, nem uma quinta parte dos erros que cometemos. 

O mesmo acontece com os responsáveis pela protecção de crianças e jovens em risco. Que não possuem, da mesma forma, a sabedoria de Salomão. E, por isso mesmo, não estão isentos de cometer enganos.

No entanto, há enganos que saem caros para os principais envolvidos, e que não se admitem, nem têm justificação plausível.

Muitas vezes, retiram-se crianças e jovens aos pais biológicos porque são considerados em risco, mas acabam por os "atirar" para situações de risco tão ou mais graves que aquelas em que já estavam.

Vejam o caso de abuso sexual de duas meninas, que terão começado quando as mesmas tinham, respectivamente, 9 e 11 anos, no seio da família de acolhimento à qual foi atribuída a guarda de ambas. E que se prolongaram por mais de 6 anos.

É engraçado como são tão eficazes a julgar uns (ainda que com razão), e tão despreocupados em relação a outros. Tanto as crianças como a família de acolhimento deveriam ser acompanhados por profissionais que pudessem detectar este tipo de comportamento precocemente.

Embora não seja exactamente assim, parece que, a partir do momento em que entregam as crianças, fica o assunto resolvido e passam ao próximo caso.

Há crianças e jovens que deveriam estar em um determinado tipo de instituição mas, por falta de vagas, vão para junto de outros, colocando-os em perigo. Há crianças e jovens que correm risco, dentro das próprias instituições que os deveriam proteger.

Outro dos casos foi o do jovem de 17 anos que assassinou outro de 14, em Salvaterra de Magos. Já estava sinalizado, pela CPCJ, mas de nada adiantou. Neste caso, não se tratava apenas de actuar no sentido de proteger o próprio e reabilitá-lo para inserção na sociedade, mas de proteger terceiros contra o comportamento deste. 

O sistema, conforme está, pode ser eficaz em alguns casos, mas deixa muito a desejar noutros!

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