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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

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RX - Embaixador

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Os Embaixador, um trio que promete dar cartas no rock português, e cujo álbum de estreia - "Sombra" - foi lançado há cerca de um ano, apresentam o novo single "Acolhe-Me Em Ti".

Para quem ainda não os conhece, aqui fica o RX à banda, a quem desde já agradeço pela disponibilidade!

 

 

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De que forma se definiriam os Embaixador, através das seguintes palavras:

 

Rock – É o nosso ADN.

 

Evolução – Cada vez que lanças algo, evoluis. Ganhas confiança, conheces melhor as tuas fraquezas e pontos fortes e tiras maior partido disso.

 

Sombra – Está nos intervalos da luz. É como os silêncios, fazem mais parte da música do que a maioria das pessoas julga.

 

Digital – É o presente e não podemos virar as costas a essa vertente.

 

Palco – A razão pela qual gravamos, para termos uma “desculpa” para ir para o palco!

 

Canção – Enquanto compositor, gosto do formato “tradicional” da canção (verso, pré-refrão, refrão…).

 

Público – Essencial. O primeiro passo é fazer música para nós, mas o processo não se esgota na criação, mas sim na partilha.

 

Relações – A temática preferencial para as letras dos nossos temas.

 

Aceitação – Um processo por vezes violento, é mais fácil passar pela negação. Mas depois liberta-te e torna-te mais forte.

 

Partilha – É por isso que estás numa banda, caso contrário tocas em casa ou no quarto.

 

 

Há cerca de um ano atrás, lançaram o álbum “Sombra”. De que forma descreveriam os meses que se seguiram à edição digital, em termos de promoção do álbum, e contacto com o público?

Aconteceu muito e ao mesmo tempo não aconteceu assim tanta coisa quanto isso. Fizemos meia dúzia de datas de promoção (gostaríamos de ter feito mais, obviamente). Integrámos um 4º elemento na banda – Pedro Costa, na guitarra – e lançámos 3 singles.

Em todas as datas, o contacto com o público foi sempre bom. Aliás, enquanto banda, sempre tivemos boas reações por parte do público nos nossos concertos.

Só temos pena pelo facto de ainda não termos conseguido por um lado, angariar mais datas/oportunidades, e por outro lado que essas datas façam parte de eventos de maior dimensão, em que o público presente não dependa exclusivamente da tua presença. O que é um “fardo” bastante pesado para uma banda que ainda não tem uma exposição nacional relevante.

 

 

Numa entrevista anterior, referiram que um dos vossos objetivos era afirmarem-se no panorama nacional, como banda de referência do rock cantado em português, E para os Embaixador, qual é a banda de referência do rock português?

Não há muitas. Há muita banda a tocar, muito boa música, mas rock Rock, cantado em português, nem tanto. Nem tudo o que é tocado com guitarra, baixo e bateria é rock (na minha quase humilde opinião). Está tudo muito uniformizado, tudo muito flat! Não há espaço de antena para quem sai da “norma”.

Quando os Xutos ou os UHF acabarem, qual vai ser a grande banda de rock cantado em português? Não sei…

Embaixador está no limbo, daí a dificuldade acrescida. Não somos “pop” suficientes nem somos hipsters/”fora”/pseudo-esquisitos o suficiente para sermos considerados cool para o panorama atual.

Alguém nos quer fazer crer (a nós – público) que o rock já não tem lugar no mainstream. O que vai contra a própria história da música popular dos últimos quase 100 anos. De repente, parece que nós malta do rock, é que somos o underground. São fases, espero eu. Resta-nos resistir ou sucumbir…

 

 

“Acolhe-me em Ti” é o mais recente single a ser apresentado, com direito a lyric vídeo. Em termos de produção, é mais difícil gravar um lyric vídeo, ou um videoclip?

É mais difícil gravar um videoclip, porque ninguém te paga um videoclip, ou até mesmo um lyricvídeo ou uma gravação de estúdio. Só pela questão do orçamento.

Aliás, tínhamos um conceito porreiro, algo cinematográfico para gravar um clip para este tema, que é um tema com uma mensagem forte. Infelizmente não conseguimos orçamento para fazê-lo. Mas isso é o quotidiano de 90% das bandas em Portugal, é o que é.

 

 

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“Sombra” é composto por 7 temas. Notaram, até agora, alguma preferência do público por um ou mais desses temas, em particular?

Acabam por ser 8 temas, porque o tema Revolta divide-se em 2 partes distintas. Mas como acabámos por nunca fazer o lançamento da edição física (mais uma vez, por falta de orçamento), a edição digital agregou as 2 partes numa só faixa.

Do que me apercebo, o tema Sufoca a Meus Pés ou o Acolhe-me em Ti, recebem um carinho extra por parte do público. Mas o tema Quem És Tu, resulta muito bem na abertura dos concertos. A malta fica logo em sentido.

 

 

Em 2018, em que palco mais gostariam de atuar?

Neste momento não podemos ser demasiado (um bocadinho vá) esquisitos. Mas preferimos tocar menos vezes, mas em palcos que realmente nos permitam tocar com dignidade e com boas condições logísticas (a nível de som, etc) e que ao mesmo tempo, nos permitam mostrar a nossa música para uns milhares de pessoas à nossa frente, e não para umas dezenas (com sorte) numa sala pequena.

Queremos tentar fazer mais festivais, palcos secundários, abrir para artistas mais conhecidos, pois só assim vamos conseguir aumentar significativamente a nossa base de seguidores.

E a nossa música merece um palco generoso, pois tanto eu como o Pedro Costa não somos muito meiguinhos a nível de volume…

 

 

Que artista/ banda convidariam para partilhar o palco convosco?

Hum… nunca pensei muito sobre isso. Mas um dia curtia tocar com o André Indiana. Um gajo porreiro, muito talentoso e com algo que já se pode chamar de carreira, o que é difícil por cá… Um bom compositor e intérprete. Quiçá se houver uma data porreira no Porto, o consiga convencer a vir tocar um tema com a malta, lol

 

 

O próximo ano vai trazer novidades? Podem levantar um pouco o véu?

Bem, tal como anunciado no mês passado na nossa página de facebook – www.facebook.com/embaixador.rock - vai obrigatoriamente haver alterações na formação da banda. Logo por aí, vai mudar meia banda, o que não é pera-doce. Inevitavelmente, o som da banda altera com a entrada de novos elementos, mesmo relativamente aos temas existentes.

Cada músico tem uma expressão própria de interpretar a mesmíssima música, por isso vai ser interessante perceber em que tipo de “animal”, Embaixador se vai tornar.

Eu e o Pedro Costa, gostávamos também de regravar todo o nosso catálogo, em take direto, ao vivo, sem overdubs, com o objetivo de editar quiçá em vinil! Vamos ver se conseguimos levar essa ideia para a frente.

Neste momento, pelo menos até ao final do ano, o nosso foco é em fechar a nova formação da banda. Depois logo se vê como corre o início do ano e a que velocidade conseguimos concretizar esses objetivos.

 

Muito obrigada!

 

 

 

Nota: Este RX teve o apoio da editora Farol Música, a qual cedeu também as imagens e lyric vídeo.

 

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