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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

1 Foto, 1 Texto #9

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O dia amanheceu cinzento...

Amanheceu chuvoso...

 

Essa chuva que tantos pedem... Que tantos agradecem...

Chuva abençoada, dizem...

 

Alguns... Porque nem todos a adoram. Nem todos a apreciam.

 Ainda assim, mesmo àqueles que não gostam dela, em algum momento, a chuva sabe bem.

 

O ar purifica, depois da chuva levar (e lavar) todas as energias e poeiras que o contaminavam. 

Tudo (e todos) ganham uma nova frescura.

Como se reanimassem. E reavivassem.

 

Quando para, ainda que por breves instantes, a chuva deixa a sua marca.

Uma prova de que por cá passou.

Pequenas gotas que adornam as folhas verdes.

O cheiro a terra molhada.

A atmosfera mais leve.

 

E depois?

Depois...

Ou volta a cair, até limpar tudo...

Ou se dissipa, por entre as nuvens que abrem aos poucos, e o sol que espreita no céu.  

 

 

 

 

 

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1Texto

 

 

Desafio de Escrita do Triptofano #9

E tudo a chama queimou...

thumbnail_Desafio de Escrita do Triptofano.jpg 

 

Corda:

Porque insistes em queimar-me?

 

Vela:

Porque é a única forma de perceberes que eu estou aqui. De me sentires. De olhares para mim.

 

Corda:

Eu sei que estás aí. Eu sinto-te. E vejo-te. 

Talvez não da forma que queres. Com a frequência que queres.

 

Vela:

Hum...

Pois não me parece.

Sinto que a única forma de virares a tua atenção para mim, é quando a minha chama te atinge.

 

Corda:

E o que esperas de mim, com essa chamada de atenção? 

 

Vela:

Que percebas que estou aqui. Que faço parte da tua vida.

E que te aproximes mais de mim.

Porque quanto mais foges, e mais te afastas, mais a minha chama aumenta, e se estica para te alcançar.

Ainda que, com essa atitude, eu me torne mais pequena, e perca um pouco de mim. 

 

Corda: 

Lamento, mas não consigo compreender a tua perspectiva.

O que acontece é que, aos poucos, muito lentamente, vais-me queimando.

Com o tempo, vou perdendo a cor. Vou escurecendo.

Dia após dia, vou enfraquecendo com a tua chama e, a qualquer momento, posso quebrar.

E quando eu quebrar, quando me partir, não terás mais como me queimar. 

Terás que procurar outra corda.

Ou, então, arder em vão, sozinha, até que a chama se extinga... 

 

Texto escrito para o Desafio de Escrita do Triptofano

 

 

Também participam:

Ana D.

Maria Araújo

Ana de Deus

Bruno

Triptofano

Maria

Biiyue