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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

A grandeza

(1 Foto, 1 Texto #79)

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Através desta mera árvore, conseguimos perceber o quão pequeninos e insignificantes somos, perante a força e a grandeza da natureza que nos rodeia.

Dá uma espécie de vertigem, só de olhar lá para cima, para o topo.

Parece tão alta. Tão inalcançável.

 

E, ainda assim, nem sempre a grandeza é mais apreciada, ou desejada.

Por vezes, acaba por ser ela a distanciar. A não permitir uma aproximação, ou interação.

Por vezes, é preferível focar nas coisas mais pequenas. Naquelas que estão ao nosso alcance. 

Aqui, tão perto.

E não naquelas que estão lá, tão longe.

 

Por outro lado, é tudo uma questão de perspectiva.

Talvez se a grandeza se fizesse mais pequena, tudo o resto deixasse de parecer tão pequeno, e tudo se equilibrasse melhor.

 

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1 Texto

E este Martinho, que estava possuído?!

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Avisados, estávamos!

Mas acredito que não esperávamos os ventos ciclónicos, que se fizeram sentir ao longo da madrugada, com rajadas superiores a 130km/h.

Acordei já com a ventania no seu pior, e confesso que receei que os vidros das minhas janelas não resistissem, e se partissem todos.

Estive ali algumas horas acordada, a ver se o Martinho acalmava a sua fúria. Algures, nessas horas, ficámos sem electricidade.

 

Hoje, a manhã acordou com sol. Como que a anunciar a chegada da Primavera.

Mas com muitos estragos: fios de electricidade caídos na minha rua, contentores derrubados e sem tampas, janelas e vidros de varandas partidos, madeiras arrancadas.

No Palácio dos Marqueses, as fechaduras das portadas cederam com o vento, e abriram-se.

E, em frente, no logradouro da Igreja de Santo André, esta árvore caída.

 

Uma coisa é certa: nunca mais vamos olhar para o "Verão de São Martinho" da mesma forma!

 

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As resistentes

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Num daqueles dias cinzentos, em pleno inverno, eis que, nas árvores, ainda encontramos algumas folhas resistentes, que teimam em permanecer, em vez de se deixarem levar.

 

 

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Quem sabe, por quanto mais tempo, ali aguentarão, sem seguir o mesmo destino daquelas que, há muito, se foram, deixando o espaço vazio.

 

 

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É a passagem de testemunho, deixando, de forma subtil, a marca da estação vencida, na nova estação, que vai ocupando o seu lugar, e assumindo as rédeas. 

 

 

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As resistentes, essas sabem que, mais cedo ou mais tarde, vão ceder ao seu destino. 

 

 

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Até lá, vão fazendo companhia umas às outras, e ornamentando os galhos despidos que, também eles, com sorte, um dia destes, terão o seu fim.