A Última Carta de Amor, na Netflix
Mal vi o anúncio deste filme, soube que queria vê-lo.
Ou não fosse ele inspirado no livro de Jojo Moyes.
Mas confesso que ficou aquém das minhas expectativas.
O filme, apesar do romance e da bonita e trágica história de amor, é um pouco entediante, monótono.
Dei por mim a torcer mais pelo romance entre a jornalista e o arquivista, do que pelas outras duas personagens principais.
Jennifer é uma mulher cheia de vida, independente, extrovertida, que teve a pouca sorte de casar com um homem que a limita em todos os sentidos, e que não lhe dá a mínima atenção, preocupando-se, exclusivamente, com os negócios, com as aparências, com o estatuto.
Talvez por isso não tenha resistido aos encantos de Anthony, o jornalista que iria entrevistar sobre o marido.
O seu amor foi pontuado por diversos encontros e desencontros, que resultaram numa separação de cerca de 40 anos.
Na actualidade, a jornalista Ellie encontra algumas das cartas enviadas por Anthony, a Jennifer, e vai tentar descobrir mais sobre esta história de amor e, quem sabe, voltar a juntar o casal.
Enquanto isso, ela própria lida com os seus medos, e foge de qualquer compromisso, mesmo quando percebe que Rory poderá ser a pessoa que a fará feliz.
A parte mais comovente do filme é, sem dúvida, o final, quando ficamos na expectativa se Jennifer, após todos aqueles anos e a sua recusa em falar do passado, comparecerá ao derradeiro encontro com o seu grande amor.
A título de curiosidade, o actor Harry Bernard "Ben" Cross, que deu vida a Anthony na actualidade, faleceu em Agosto de 2020.