"A Decisão", de Sandra Brown
Sou fã incondicional da autora e, sempre que sai um novo livro, compro logo.
Este tem estado lá em casa há alguns meses.
Porque a vontade de ler não tem sido muita e porque, lá está, é um livro da Sandra Brown e, como tal, quanto mais depressa o ler, mais tempo tenho que esperar pelo próximo.
Mas achei que, neste momento, seria o único capaz de me entusiasmar e, por isso, peguei nele.
Percebe-se (e quem tiver lido os livros dela sabe) que está lá tudo o que representa a escrita da autora mas, confesso, desta vez fiquei um pouco desapontada.
Foi tudo demasiado previsível, demasiado rápido, demasiado simplificado.
Basicamente, o homem responsável pela situação clínica de Rebecca, ex-mulher de Zach, está prestes a sair em liberdade, podendo voltar a fazer o mesmo a outras mulheres.
A única forma de o voltar a pôr atrás das grades, e sem certezas, é "matar" Rebecca que, desde o incidente, está em morte cerebral, apenas mantida ligada às máquinas porque nem Zach nem os pais de Rebecca tiveram coragem para as mandar desligar.
Kate é uma advogada que, agora a trabalhar para o procurador, quer ver Eban preso, custe o que custar, e vai tentar convencer Zach a desligar o suporte de vida de Rebecca, para que Eban seja acusado de homicídio.
O que aconteceu, ao longo da história, foi que toda a situação acabou por ser precipitada, antecipada, e desviada daquilo que eu esperava ler. Portanto, parte daquilo que eu tinha imaginado nem sequer chegou a acontecer.
E, excluindo isso, o que restou foi o herói, que decide sempre tudo, e leva tudo a ser feito conforme a sua vontade, a protagonista por quem o herói, quase sempre, se apaixona e que passa o tempo todo a ser protegida por ele, e o vilão que, no fim, tem o merecido destino.
Espero que o próximo livro da Sandra Brown volte a subir a fasquia, a que já me habituou, porque este não terá sido dos seus melhores.
Ainda assim, vale a pena ler!
Sinopse:
"Uma estrela de futebol americano enfrenta um dilacerante dilema moral. Uma ambiciosa advogada decide fazer justiça. Mas ambos acabam a lutar pela própria vida.
Zach Bridger não vê a ex-mulher desde o divórcio. Por isso, fica chocado ao saber que Rebecca está em coma após uma agressão violenta. Cabe-lhe a ele fazer uma escolha impossível: mantê-la no suporte de vida ou não. Abalado com a responsabilidade, deixa Rebecca ao cuidado dos pais dela.
Quatro anos mais tarde, o agressor de Rebecca - um playboy descendente de uma família rica de Atlanta - é libertado mais cedo da prisão. Kate Lennon, uma perspicaz e brilhante procuradora está decidida a voltar a pô-lo atrás das grades. Pede ajuda a Zach, que terá de decidir mais uma vez o destino de Rebecca.
Enquanto ele se debate com uma decisão que ninguém deveria ter de tomar, a atração mútua entre Zach e Kate torna-se irresistível. Mal sabem eles que o agressor de Rebecca não tem intenção de voltar para a prisão. E está determinado a detê-los, a qualquer custo."